MANAUS - Matadores de aluguel estão sendo contratados na Amazônia para caçar botos. Segundo o pesquisador português do Programa Botos no Pará, Antônio Migueis, a carne do animal é usada como isca para pescar o piracatinga, peixe muito consumido na Colômbia, país vizinho ao estado brasileiro.
Um pescador que prefere não se identificar diz que deixou um emprego para se tornar matador de botos.
- Matamos cerca de 100 ou 200 botos por mês. Puxamos o animal para dentro da canoa e matamos com facão, cassetete, essas coisas - diz.
Segundo o matador, quem contrata o serviço busca o comércio de órgãos do animal, como olhos e partes reprodutivas. A carne também é usada para pescar o piracatinga.
A preocupação com os botos da Amazônia levou Migueis a investigar o comércio do piracatinga.
- O peixe vai para a Colômbia e para os Estados Unidos, onde é usado como aperitivo em restaurantes - explica.
A especialista em botos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Vera da Silva, estuda o animal da região de Mamirauá, no Amazonas, e faz um alerta:
- Temos percebido que cada vez mais há uma diminuição do número de botos na área - diz ela.
Com redução confirmada no número de botos e perto do maior mercado consumidor de piracatinga, a região de Mamirauá concentra os casos de matadores de aluguel para o animal. Mas denúncias do pesquisador português Antônio Migueis mostram que o mesmo problema ocorre perto de Santarém, no Pará.
- O boto sempre foi considerado importante para o folclore e para a cultura da região e agora ele está sendo utilizado como isca - diz Vera.
A matança de botos nos rios da floresta é considerada crime ambiental. Há dez dias, o Globo Amazônia reportou que agentes no Brasil não conseguem fiscalizar a atividade ilícita no país. No início de maio, moradores no Peru relataram ter encontrado 200 botos mortos nos últimos dois anos. Há cerca de um ano, outra reportagem mostrou como funciona a venda de olhos de boto-cor-de-rosa como amuletos em mercados do Norte do Brasil.
Um pescador que prefere não se identificar diz que deixou um emprego para se tornar matador de botos.
- Matamos cerca de 100 ou 200 botos por mês. Puxamos o animal para dentro da canoa e matamos com facão, cassetete, essas coisas - diz.
Segundo o matador, quem contrata o serviço busca o comércio de órgãos do animal, como olhos e partes reprodutivas. A carne também é usada para pescar o piracatinga.
A preocupação com os botos da Amazônia levou Migueis a investigar o comércio do piracatinga.
- O peixe vai para a Colômbia e para os Estados Unidos, onde é usado como aperitivo em restaurantes - explica.
A especialista em botos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Vera da Silva, estuda o animal da região de Mamirauá, no Amazonas, e faz um alerta:
- Temos percebido que cada vez mais há uma diminuição do número de botos na área - diz ela.
Com redução confirmada no número de botos e perto do maior mercado consumidor de piracatinga, a região de Mamirauá concentra os casos de matadores de aluguel para o animal. Mas denúncias do pesquisador português Antônio Migueis mostram que o mesmo problema ocorre perto de Santarém, no Pará.
- O boto sempre foi considerado importante para o folclore e para a cultura da região e agora ele está sendo utilizado como isca - diz Vera.
A matança de botos nos rios da floresta é considerada crime ambiental. Há dez dias, o Globo Amazônia reportou que agentes no Brasil não conseguem fiscalizar a atividade ilícita no país. No início de maio, moradores no Peru relataram ter encontrado 200 botos mortos nos últimos dois anos. Há cerca de um ano, outra reportagem mostrou como funciona a venda de olhos de boto-cor-de-rosa como amuletos em mercados do Norte do Brasil.
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