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terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Padre se muda e adota costumes dos moradores locais
Ele foi para Fernando de Noronha por motivos profissionais e acabou se rendendo ao surfe.
O Arquipélago de Fernando de Noronha é conhecido pelas belas praias que são convidativas à prática do surfe. E nos últimos meses, este esporte ganhou um adepto bem diferente, como nos conta a repórter Carol Barcellos.
Fernando de Noronha. Ondas para todos os gostos. Por isso, a ilha é conhecida como o Havaí brasileiro. Surfar faz parte da rotina.
Glênio se mudou para Noronha há 6 meses por motivos profissionais e se rendeu ao esporte. Se não fosse por um detalhe, seria uma história comum, parecida com a de vários moradores da ilha.
Mas quem estiver em Fernando de Noronha e vier ao Morro de São Pedro curtir o pôr-do-sol pode ter uma surpresa e encontrar o surfista iniciante vestido de túnica e estola.
Glênio é o padre Glênio. 20 anos de sacerdócio. Até a chegada dele a Noronha, quando havia uma cerimônia religiosa na ilha, vinha um padre do Recife, cidade a 540 km de distância.
Ele é o primeiro padre a morar na ilha nos últimos 50 anos. O único a surfar. "Agora que eu estou sabendo que ele é surfista. Acabei de saber, porque você me disse. Eu não sabia não", diz o pescador e surfista Roberto de Moraes.
"Dou aula desde 98. Já dei aula pra muita gente, mas pra padre não", conta o instrutor Pedro Muller.
"Estou aprendendo, tive poucas aulas, mas é um desafio. Eu gosto de desafios. Na gíria dos jovens e dos surfistas, é entrar na onda deles”, conta o padre.
Ainda falta habilidade, e um pouquinho de equilíbrio também. Por enquanto, o melhor registro é uma fotografia, exibida com orgulho.
"Aqui tem muitos surfistas mesmo. Então é uma forma de eu me aproximar deles e eu estou descobrindo um esporte saudável, maravilhoso, divertido", conta o padre Glênio.
Agora, quem precisar encontrar o padre de Fernando de Noronha, já sabe onde procurar: de manhã cedo, em uma das 16 praias da ilha. Ou às seis da tarde, no Forte de São Pedro, em uma missa ao pôr-do-sol.
Jornal Nacional
Marcadores:
comportamento,
religião
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