domingo, 4 de julho de 2010

Pedofilia


"A idéia de infância e de adolescência são coisas recentes, quando comparadas com a História da humanidade, têm apenas uns trezentos anos. Então, houve época em que não havia essa preocupação com a fase de formação das pessoas, como compreendemos hoje.
Sabemos que as crianças e os pré-adolescentes são grupos muito frágeis, porque ainda não têm todos os conhecimentos, todas as informações, todo o amadurecimento de que os adultos dispõem. Desse modo, estão mais expostos a muitos tipos de risco, que ameaçam não só a sua integridade física, mas também, e principalmente, seu desenvolvimento afetivo e emocional. As marcas psicológicas são muito complicadas, porque não são tão visíveis como as físicas. Um vergão deixado na criança agredida com o fio de ferro pode ser visto a olho nu, mas o trauma provocado pelo assédio sexual de um adulto, não se vê.

Quanto mais a sociedade se moderniza, quanto mais as pessoas saem da roça e vêm para a cidade, quanto mais se desenvolvem as técnicas em todas as áreas, mais cresce a violência e mais a vida se torna difícil. É claro que ninguém quer o atraso, porém, muitas vezes, as novas tecnologias, que são criadas pensando no bem das pessoas, podem ser usadas ao contrário, para prejudicar quem ainda não tem familiaridade com elas, ou quem, como as crianças e adolescentes, não têm maturidade para lidar com os novos meios de comunicação, protegendo-se das ameaças que podem oferecer.

Esse é o caso específico da Internet. Do mesmo modo como ela pode servir para localizarmos um medicamento que só existe em um país estrangeiro e, muitas vezes, salvar uma vida, pode ser usada para cometer crimes, como os que são praticados contra os bancos ou para aliciar e violentar uma criança. Por isso, é importante que todos procurem trabalhar para que suas crianças e adolescentes possam se beneficiar do que há de bom nesse mundo virtual, tirem o melhor partido do que ele oferece, com segurança e proteção, sem correrem riscos.

Paulo Eduardo Cabral
Sociólogo


"Pedofilia é um transtorno do desenvolvimento da psico-sexualidade que resulta em uma pessoa experimentar atração erótica predominante ou exclusiva por crianças. A pedofilia pode ser homossexual ou hetero-sexual, conforme a pessoa afetada se sinta atraída por pessoa do mesmo sexo ou do sexo oposto.
Como sucede em todas as parafilias (perturbações qualitativas da psicossexualidade) é importante diferenciar a pedofilia, como tendência erótica, das condutas pedofílicas manifestas, situações concretas nas quais a pessoa afetada por este transtorno realizam sua tendência perturbada.
Algumas pessoas com transtornos da personalidade podem exercer condutas pedofílicas sem que tenham aquela tendência como traço importante de seu caráter (como acontece com pessoas deficientes, neuróticas, psicóticas, demenciadas ou sociopatas).
No outro extremo, convém não confundir as condutas pedofílicas manifestas com a satisfação ou, até, a adicção à pornografia pedofílica (como muitos jornalistas vêm fazendo de modo um tanto irresponsável). Ainda que seja importante ressaltar que o consumo de material pornográfico de natureza pedofílica, desde que empregue como modelos ou protagonistas crianças ou adolescentes, constitua na prática um incentivo às condutas criminosas, que não existiriam ou aconteceriam em muito menor quantidade não existisse o
comprador daquele material.
Contudo, parece necessário afirmar que a pedofilia e as condutas pedofílicas, em sua maior parte, são ocasionadas por uma condição psicopatológica que pode ser tratada. Esta deve ser a tônica das medidas educativas e sanitárias que deve fundamentar e nortear todas as campanhas sobre esta matéria. Mas pode haver condutas pedofílicas sem patologia, como
se dá na maior parte dos casos de exploração erótico-sexual de crianças e adolescentes".


Dr. Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior
Psiquiatra


Campanha MS contra a Pedofilia

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