segunda-feira, 5 de julho de 2010

MP pede 300 anos de prisão para médico acusado de estupros

Larissa teria tentado desbloquear contas do seu marido Abdelmassih

O MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo pediu à Justiça que Roger Abdelmassih (foto), 66, médico acusado de molestar 56 pacientes, seja condenado a 300 anos de prisão.
A juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, deverá anunciar a sentença até o final de setembro. Ela já ouviu cerca de 200 pessoas, entre testemunhas da acusação e da defesa. Pela legislação brasileira, acusado de crime sexual não vai a júri popular.
Na avaliação de advogados, mesmo que haja tal condenação, o médico poderá se livrar da prisão até que a sentença seja confirmada (ou não) pelas instâncias superiores da Justiça, o que pode levar anos.
O Fantástico de ontem – conforme este blog já tinha noticiado – informou que o médico chorou durante o seu depoimento à juíza e que, mais uma vez, ele se declarou inocente.
Em seu interrogatório, no dia 7 de maio, admitiu que dava beijinhos nas pacientes porque se trata de um comportamento carinhoso que vem de sua família e que isso teria sido mal interpretado. O médico chegou a prometer à juíza abandonar o hábito dos 'beijinhos'.
O Fantástico confirmou, ainda, que a Procuradoria da Defesa do Consumidor de São Paulo pediu o bloqueio dos bens de Larissa Maria Sacco (foto acima), 34, mulher do médico, porque ela teria criado uma empresa para movimentar as finanças do marido que foram congeladas pela Justiça para o pagamento de eventuais indenizações. O nome da empresa é Agropecuária Colema e foi aberta em sociedade com Elaine Therezinha Sacco Khouri, irmã de Larissa.
O médico também responde como réu a uma ação civil pública por crimes contra os direitos do consumidor sob a acusação de vendas casadas (tratamento de fertilização mais medicamentos) e não emitir recebido às pacientes, lesando assim o fisco.
Abdelmassih e Larissa se casaram no dia 6 de fevereiro deste ano, e agora ela está grávida de seis semanas. A mulher do médico é procuradora e está licenciada do Ministério Público do Estado de São Paulo desde quando o escândalo dos estupros explodiu nos jornais, no ano passado.
Uma ex-paciente que afirma ter sido estuprada pelo médico disse ao programa da TV Globo que os “beijinhos” de Abdelmassih não tinham nada de inocente. “Ele vinha com essa mania, mas dava para perceber que quando encostava (para beijar) estava excitado”.
Ela também disse que Abdelmassih ficava com frequência sozinho com paciente, diferentemente do que ele afirmou à Justiça.
No interrogatório, o médico retomou a alegação de que o anestésico propofol pode ter causado alucinações sexuais nas pacientes, o que seria um dos motivos das denúncias contra ele.
O anestesiologista Irimar de Paula Posso, com mais de 40 anos de profissão, afirmou ao Fantástico que tal efeito colateral do propofol é raro.
“Existem muitos relatos de médicos que assediaram pacientes e quiseram colocar a culpa no anestésico”, disse Posso, que trabalha no Hospital das Clínicas de São Paulo.



3 comentários:

  1. Hey, a Larissa Sacco, que eu conheço pessoalmente, é procuradora da República, ou seja, do Ministério Público Federal, não do Estado de São Paulo!!! Informações têm de ser exatas...

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  2. Hey, vá fazer reclamação diretamente a quem deu a informação, embora não importe a ninguém o cargo q ocupa e sim o q ela faz junto com esse cara...e coisa boa não deve ser com certeza.
    Que Sacco!

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  3. Conhece pessoalmente, huuuummmmm!

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