Está previsto para recomeçar as 13h desta terça-feira a audiência de instrução do processo sobre a morte da advogada Mércia Nakashima, no fórum de Guarulhos (Grande São Paulo). Ontem, a Justiça ouviu sete pessoas convocadas pela acusação, que confirmaram as versões apresentadas à polícia e ao Ministério Público.
Também no primeiro dia de audiência, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano havia dispensado as 15 testemunhas de defesa, que deverão ser ouvidas hoje. Isso porque não daria tempo de ouvi-las ontem. O magistrado também determinou a inclusão do perito criminal Renato Patolli na relação de testemunhas.
O corpo de Mércia foi encontrado dia 10 de junho na represa de Nazaré Paulista (64 km de São Paulo). São acusados pelo crime o ex-policial militar Mizael Bispo de Souza --ex-namorado da advogada-- e o vigia Evandro Bezerra da Silva. Ambos negam o crime.
Ao todo, 26 testemunhas serão ouvidas na audiência, que está prevista para terminar na próxima quarta-feira. No final, o juiz irá determinar se Mizael e o vigia Evandro Bezerra da Silva serão levados a júri popular.
TESTEMUNHAS
A irmã de Mércia, Cláudia Nakashima, foi a primeira a ser ouvida ontem. O depoimento começou por volta das 11h30 e terminou às 13h. Antes do depoimento, ela encontrou com Mizael nos corredores do Fórum de Guarulhos (Grande SP) e o chamou de assassino.
Abatida, Cláudia afirmou que sente raiva de Mizael. "Se eu encontrar com ele na rua, eu dou ré e passo por cima dele", afirmou. Ela também contou que Mizael sempre andava armado, com duas armas e quando chegava em sua casa --ela e Mércia moravam juntas-- deixava as armas em qualquer lugar. Antes do depoimento, a jovem pediu que Evandro e Mizael fossem retirados do plenário. Pedido que foi acatado pelo juiz.
Depois de Cláudia, o investigador Alexandre Simoni da Silva falou sobre a análise das ligações telefônicas de Mizael, Evandro e Mércia. Segundo o relatório de ligações, no dia 23, Evandro e Mizael se falaram em 19 ocasiões. As ligações ocorreram de um celular não registrado em nome de Mizael e que ele não forneceu no início das investigações.
Em seguida foi a vez de Márcio Nakashima depor. "Eu não acreditava que ele tinha matado a minha irmã. Mas ele não ajudou a procurá-la, pelo contrário, um vizinho dele me ligou para falar que ele estava tirando os panfletos pregados perto da casa dele. Eu achava que ela tinha sido sequestrada, acreditei no sequestro até o fim", disse o irmão da advogada.
Também foram ouvidos nesta segunda-feira o guardador de carros Bruno da Silva Oliveira; Jurandi Ferreira da Silva, funcionário do posto de gasolina onde trabalhava Evandro Bezerra da Silva --acusado de ter ajudado Mizael no crime--; e Maria Cleonice Ferreira, amiga da família de Mércia.
Todos os depoimentos foram gravados em vídeo --são duas câmeras na sala, e todos os envolvidos usam microfones. O recurso já foi usado em outras audiências e, segundo o juiz, o método permite um registro fiel das declarações. Para ele, as transcrições podem não reproduzir os depoimentos "ipsis litteris", e uma vírgula errada poderia mudar a interpretação.
POLÍCIA
Durante os depoimentos à Justiça, Cláudia e Márcio afirmaram que a família teve problemas para registrar boletim de ocorrência no 6º DP de Guarulhos, após o desaparecimento de Mércia.
De acordo com eles, a polícia foi procurada dois dias depois do desaparecimento, mas um investigador afirmou que seria "a palavra da família contra a palavra de Mizael". O policial ainda teria alertado para que ela tomasse cuidado porque poderia ser processada.
Os irmãos contaram ainda que ao deixar a delegacia, uma pessoa que trabalha na delegacia procurou Márcio e aconselhou que o boletim de ocorrência fosse registrado em um delegacia de São Paulo, pois em Guarulhos iam "passar o pano" para o Mizael. Só depois disso, a família da jovem decidiu espalhar pela região fotos de Mércia e procurar o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Márcio afirmou que policiais civis e militares de Guarulhos trabalham como seguranças na empresa de vigilância privada de Mizael.
CRIME
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio. Seu carro foi encontrado na represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho e seu corpo no dia seguinte.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.
Folha Online
Também no primeiro dia de audiência, o juiz Leandro Jorge Bittencourt Cano havia dispensado as 15 testemunhas de defesa, que deverão ser ouvidas hoje. Isso porque não daria tempo de ouvi-las ontem. O magistrado também determinou a inclusão do perito criminal Renato Patolli na relação de testemunhas.
O corpo de Mércia foi encontrado dia 10 de junho na represa de Nazaré Paulista (64 km de São Paulo). São acusados pelo crime o ex-policial militar Mizael Bispo de Souza --ex-namorado da advogada-- e o vigia Evandro Bezerra da Silva. Ambos negam o crime.
Ao todo, 26 testemunhas serão ouvidas na audiência, que está prevista para terminar na próxima quarta-feira. No final, o juiz irá determinar se Mizael e o vigia Evandro Bezerra da Silva serão levados a júri popular.
TESTEMUNHAS
A irmã de Mércia, Cláudia Nakashima, foi a primeira a ser ouvida ontem. O depoimento começou por volta das 11h30 e terminou às 13h. Antes do depoimento, ela encontrou com Mizael nos corredores do Fórum de Guarulhos (Grande SP) e o chamou de assassino.
Abatida, Cláudia afirmou que sente raiva de Mizael. "Se eu encontrar com ele na rua, eu dou ré e passo por cima dele", afirmou. Ela também contou que Mizael sempre andava armado, com duas armas e quando chegava em sua casa --ela e Mércia moravam juntas-- deixava as armas em qualquer lugar. Antes do depoimento, a jovem pediu que Evandro e Mizael fossem retirados do plenário. Pedido que foi acatado pelo juiz.
Depois de Cláudia, o investigador Alexandre Simoni da Silva falou sobre a análise das ligações telefônicas de Mizael, Evandro e Mércia. Segundo o relatório de ligações, no dia 23, Evandro e Mizael se falaram em 19 ocasiões. As ligações ocorreram de um celular não registrado em nome de Mizael e que ele não forneceu no início das investigações.
Em seguida foi a vez de Márcio Nakashima depor. "Eu não acreditava que ele tinha matado a minha irmã. Mas ele não ajudou a procurá-la, pelo contrário, um vizinho dele me ligou para falar que ele estava tirando os panfletos pregados perto da casa dele. Eu achava que ela tinha sido sequestrada, acreditei no sequestro até o fim", disse o irmão da advogada.
Também foram ouvidos nesta segunda-feira o guardador de carros Bruno da Silva Oliveira; Jurandi Ferreira da Silva, funcionário do posto de gasolina onde trabalhava Evandro Bezerra da Silva --acusado de ter ajudado Mizael no crime--; e Maria Cleonice Ferreira, amiga da família de Mércia.
Todos os depoimentos foram gravados em vídeo --são duas câmeras na sala, e todos os envolvidos usam microfones. O recurso já foi usado em outras audiências e, segundo o juiz, o método permite um registro fiel das declarações. Para ele, as transcrições podem não reproduzir os depoimentos "ipsis litteris", e uma vírgula errada poderia mudar a interpretação.
POLÍCIA
Durante os depoimentos à Justiça, Cláudia e Márcio afirmaram que a família teve problemas para registrar boletim de ocorrência no 6º DP de Guarulhos, após o desaparecimento de Mércia.
De acordo com eles, a polícia foi procurada dois dias depois do desaparecimento, mas um investigador afirmou que seria "a palavra da família contra a palavra de Mizael". O policial ainda teria alertado para que ela tomasse cuidado porque poderia ser processada.
Os irmãos contaram ainda que ao deixar a delegacia, uma pessoa que trabalha na delegacia procurou Márcio e aconselhou que o boletim de ocorrência fosse registrado em um delegacia de São Paulo, pois em Guarulhos iam "passar o pano" para o Mizael. Só depois disso, a família da jovem decidiu espalhar pela região fotos de Mércia e procurar o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Márcio afirmou que policiais civis e militares de Guarulhos trabalham como seguranças na empresa de vigilância privada de Mizael.
CRIME
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio. Seu carro foi encontrado na represa de Nazaré Paulista no dia 10 de junho e seu corpo no dia seguinte.
Mizael é acusado de homicídio triplamente qualificado, mas desde o início das investigações nega qualquer envolvimento com o crime. O vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado pela polícia de ajudar Mizael, foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
Silva chegou a falar, em depoimento à polícia, que combinou de ir buscar Mizael na represa de Nazaré Paulista no dia 23 de maio --data de desaparecimento de Mércia--, mas depois mudou a versão e negou envolvimento com o crime.
Folha Online
Assassino com tanto poder!
ResponderExcluirSerá que todos estão com medo do que esse grupo envolvido pode fazer?
Estranho uma pessoa desse alto grau de periculosidade estar sendo protegido pela polícia e pela Justiça.
A família que continue colocando a 'boca no trombone' que pode ser que alguém com mais poder que esses bandidos os escutem.
DENUNCIEM!!!!!!!!!!