sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Criança resgatada no Rio passará fim de semana em abrigo, diz Conselho



Conselheira ouviu pais e avó nesta sexta-feira (22) e notou contradições.
Menino de 1 ano e 8 meses foi resgatado de janela por guardas municipais.

A criança resgatada por guardas municipais na janela de um prédio, na quinta (21), no Bairro de Fátima, no Centro do Rio, passará o fim de semana em um abrigo, por determinação da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idoso, de acordo com o Conselho Tutelar.
O Conselho Tutelar do Centro recomendou nesta sexta-feira (22) que a juíza da 1ª Vara, Ivone Ferreira Caetano, estude mais a situação da família antes de decidir o destino do menino de 1 ano e 8 meses.
A recomendação foi tomada após a conselheira Márcia Regina Alves da Silva ouvir nesta sexta os pais e a avó da criança e notar contradições nos depoimentos. Segundo a conselheira, os pais da criança – que moram em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense – alegam que o menino foi deixado por 10 dias com a avó, moradora do Bairro de Fátima. Mas a avó nega, afirmando que é ela quem cuida da criança, e não os pais.
“Quando o menino foi resgatado, ele estava com muita febre e parecia estar com uma forte gripe. A mãe nos contou que ele tem problema de bronquite”, contou a conselheira, acrescentando que a criança foi medicada e passa bem.
Ainda segundo a conselheira, a avó mora com dois filhos menores – um menino de 10 anos e uma menina de 8 – e foi notificada nesta sexta a comparecer novamente ao Conselho Tutelar na próxima semana para depor sobre as crianças. O ex-marido dela, que é pai das crianças, e vizinhos contaram, segundo a conselheira, que a mulher tem o costume de deixar seus filhos sozinhos.

Resgate heroico
A conselheira fez questão de elogiar a atuação dos guardas municipais que resgataram a criança, ao avistá-la na janela do apartamento da avó. “Um dos guardas parou um caminhão e subiu em cima para ficar próximo ao menino, distraindo ele, enquanto outro guarda entrava no apartamento. Ele teve uma atuação excepcional”, contou.
“No prédio onde a criança morava com a avó, verificamos que não foi a primeira vez que o menino tinha ficado sozinho dentro de casa”, acrescentou Márcia Regina.
A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) informou que a avó vai ser autuada por abandono de incapaz e a pena pode chegar a 3 anos de prisão, mas que pode ser convertida em pena alternativa, como serviços à comunidade e distribuição de cestas básicas.


G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.