“Talvez eu não me ache no direito de ser feliz. Mas não levo ninguém junto", dizia a mensagem, encontrada junto ao telefone celular de Karen Tannhauser
Os policiais encontraram, na casa da psicóloga Karen Tannhauser, 37 anos, que passou três dias desaparecida, um bilhete com indicações de que ela teria tentado cometer suicídio. O bilhete, que segundo a polícia foi a última coisa escrita por ela na tarde do dia 31, tem o seguinte texto: “Talvez eu não me ache no direito de ser feliz. Mas não levo ninguém junto. Vivam as suas vidas. Nunca se culpem”.
Karen ficou desaparecida da tarde do dia 31, sexta-feira, até a tarde de segunda-feira. Ela foi encontrada por acaso no porta-malas do carro do marido da síndica do edifício onde mora com os pais, no Jardim Botânico, zona sul do Rio. Depois de receber atendimento médico, a psicóloga passou a noite na casa de uma amiga.
A delegada da 15ª DP (Gávea), Bárbara Lomba, vai ouvir, nesta terça-feira, porteiros e pessoas próximas da família. Karen, que foi encontrada no porta-malas de um carro dentro do prédio em que mora com os pais, só deve ser interrogada formalmente amanhã, para que o caso seja definitivamente encerrado na esfera policial.
Como afirmou Bárbara Lomba no início da noite de segunda-feira, o desaparecimento “não é um caso de polícia”. No entanto, como ainda pairam muitas dúvidas sobre as circunstâncias do sumiço de Karen, a delegada procura remontar uma história completa.
Não foram respondidas ainda algumas perguntas capitais, como as doses e o tipo de medicamento que a psicóloga teria ingerido. À delegada, Karen negou veementemente ter tomado calmantes, antidepressivos ou substâncias controladas. Os policiais, no entanto, não compraram esta versão, dado o estado de aparente torpor em que se encontrava a psicóloga no momento em que foi encontrada.
A polícia quer saber, por exemplo, como uma pessoa aparentemente dopada conseguiu, por três dias, esgueirar-se sem ser vista por várias áreas de um prédio por onde circulam algumas centenas de pessoas todos os dias. Cada bloco do condomínio onde Karem mora com os pais, no Jardim Botânico, tem 80 apartamentos. Como afirmou Bárbara Lomba, os sinais nas roupas de Karen indicam que ela esteve pelo menos em outros dois lugares antes de se abrigar no porta-malas do carro do síndico: na lixeira do edifício e em uma área em obras.
O quadro clínico de Karen indicava desnutrição, mas não desidratação, informou um médico aos policiais. Neste período, deduziu a delegada, provavelmente Karen ingeriu líquidos. Não está descartada a possibilidade de ela ter recebido ajuda de algum amigo ou pessoa conhecida. Bárbara Lomba está convencida de que Karen em momento algum deixou as dependências do prédio.
Celular e diário apreendidos – Para verificar se nesse período Karen manteve contato com outras pessoas, ou que telefonemas pode ter recebido antes de se esconder, a delegada apreendeu, na tarde de segunda-feira, o telefone celular e uma espécie de diário que ela mantinha.
No período em que Karen esteve desaparecida, um dos funcionários do prédio contou à polícia ter visto uma mulher com as características de Karen, mas, dado o desencontro de horários com o momento em que a psicóloga foi filmada entrando no prédio, a informação foi descartada. A polícia, agora, deve voltar a ouvir o funcionário.
Leo Pinheiro
Os policiais encontraram, na casa da psicóloga Karen Tannhauser, 37 anos, que passou três dias desaparecida, um bilhete com indicações de que ela teria tentado cometer suicídio. O bilhete, que segundo a polícia foi a última coisa escrita por ela na tarde do dia 31, tem o seguinte texto: “Talvez eu não me ache no direito de ser feliz. Mas não levo ninguém junto. Vivam as suas vidas. Nunca se culpem”.
Karen ficou desaparecida da tarde do dia 31, sexta-feira, até a tarde de segunda-feira. Ela foi encontrada por acaso no porta-malas do carro do marido da síndica do edifício onde mora com os pais, no Jardim Botânico, zona sul do Rio. Depois de receber atendimento médico, a psicóloga passou a noite na casa de uma amiga.
A delegada da 15ª DP (Gávea), Bárbara Lomba, vai ouvir, nesta terça-feira, porteiros e pessoas próximas da família. Karen, que foi encontrada no porta-malas de um carro dentro do prédio em que mora com os pais, só deve ser interrogada formalmente amanhã, para que o caso seja definitivamente encerrado na esfera policial.
Como afirmou Bárbara Lomba no início da noite de segunda-feira, o desaparecimento “não é um caso de polícia”. No entanto, como ainda pairam muitas dúvidas sobre as circunstâncias do sumiço de Karen, a delegada procura remontar uma história completa.
Não foram respondidas ainda algumas perguntas capitais, como as doses e o tipo de medicamento que a psicóloga teria ingerido. À delegada, Karen negou veementemente ter tomado calmantes, antidepressivos ou substâncias controladas. Os policiais, no entanto, não compraram esta versão, dado o estado de aparente torpor em que se encontrava a psicóloga no momento em que foi encontrada.
A polícia quer saber, por exemplo, como uma pessoa aparentemente dopada conseguiu, por três dias, esgueirar-se sem ser vista por várias áreas de um prédio por onde circulam algumas centenas de pessoas todos os dias. Cada bloco do condomínio onde Karem mora com os pais, no Jardim Botânico, tem 80 apartamentos. Como afirmou Bárbara Lomba, os sinais nas roupas de Karen indicam que ela esteve pelo menos em outros dois lugares antes de se abrigar no porta-malas do carro do síndico: na lixeira do edifício e em uma área em obras.
O quadro clínico de Karen indicava desnutrição, mas não desidratação, informou um médico aos policiais. Neste período, deduziu a delegada, provavelmente Karen ingeriu líquidos. Não está descartada a possibilidade de ela ter recebido ajuda de algum amigo ou pessoa conhecida. Bárbara Lomba está convencida de que Karen em momento algum deixou as dependências do prédio.
Celular e diário apreendidos – Para verificar se nesse período Karen manteve contato com outras pessoas, ou que telefonemas pode ter recebido antes de se esconder, a delegada apreendeu, na tarde de segunda-feira, o telefone celular e uma espécie de diário que ela mantinha.
No período em que Karen esteve desaparecida, um dos funcionários do prédio contou à polícia ter visto uma mulher com as características de Karen, mas, dado o desencontro de horários com o momento em que a psicóloga foi filmada entrando no prédio, a informação foi descartada. A polícia, agora, deve voltar a ouvir o funcionário.
Leo Pinheiro
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