sábado, 12 de março de 2011

Adesivo familiar vira mania entre motoristas


Nos últimos meses, ficou difícil andar pelas ruas e rodovias do Rio de Janeiro e não ver pelo menos um carro que tenha colado na lataria ou no vidro um adesivo de bonequinhos representando a família do condutor.
Pai, mãe, filhos, cachorro, papagaio: as figuras viraram moda de uma hora para outra, e ninguém sabe o porquê. “Eu costumava vender, no máximo, mil adesivos. No último ano, a mania explodiu. Agora, comercializo uma média de 10 mil por mês”, afirma Germano Spadini, dono da Job Adesivos, loja paulistana pioneira na venda dos adesivos temáticos.
Spadini conta que a ideia surgiu em 2008, quando sua mulher ficou grávida. O designer decidiu, então, criar as figuras para homenagear a chegada do primeiro filho. O trabalho chamou a atenção dos familiares, que começaram a pedir os adesivos para ele. “Tia, tio, primos, cunhado, todo mundo gostou da ideia de colar no carro os personagens da família”, afirma.
Logo, alguns amigos também aderiram aos colantes. Em pouco tempo, foi a vez dos amigos dos amigos. Depois disso, o designer passou a receber cada vez mais pedidos. A mania de colar os personagens no carro se espalhou pela cidade.
O psicólogo Antônio Eusébio é um dos que simpatizaram com a nova moda. “Casei há pouco tempo, como ainda não tenho filho, grudei no vidro do carro um adesivo com o desenho de um casal e um cachorro ao lado. Assim que vier o bebê, vou comprar o da família completa”, diz.
Os colantes custam de R$ 2 a R$ 3 cada um e podem ser comprados nos sites www.jobadesivos.com.br ou www.limeart.com.br e ainda www.aquarelaadesivos.com.

Mania perigosa
A mania de colar os adesivos familiares no carro pode atrair perigos, acredita o especialista em segurança e delegado Carlos Eduardo Martins. Para ele, o problema existe quando o carro fica estacionado em garagens visíveis do lado de fora. Em apartamentos, o delegado não vê problemas. “Minha maior preocupação é com algumas casas cuja garagem pode ser vista por quem passa na rua. Nesse caso, não aconselharia o uso dos adesivos, pois todos que olharem vão saber quantas pessoas existem na família e se eles têm cachorro ou filhos”, alerta.
No entanto, o temor de que os adesivos possam comprometer a segurança não significa que eles vão atrair criminosos necessariamente. Segundo Carlos Eduardo, o modelo do carro já indica se a família tem posses ou não.


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