terça-feira, 8 de março de 2011

PMs que mataram jovem jogador vão a júri


Rapaz de Londrina que iniciava carreira foi morto por fumar maconha

Quase sete anos depois do assassinato de Rafael Bezerra da Silva - filho do ex-jogador do Londrina, José Carlos da Silva, o "Zequinha" - os policiais militares acusados da morte do rapaz foram sentenciados a júri popular pela juíza do Tribunal do Júri de Londrina, Elizabeth Kather.
O jovem de 20 anos, que iniciava a carreira de jogador de futebol em Portugal e passava férias de final de ano em Londrina, foi morto a tiros pelos policiais militares Edney Ronaldo Gomes e Rangel Barbosa da Cunha. Os PMs foram denunciados por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Segundo informação da rádio Paiquerê AM, os policiais são acusados de homicídio duplamente qualificado, por meio insidioso e mediante recurso que impossibilita a defesa da vítima. Rafael levou 14 tiros.
O também PM Sérgio Fontanetti foi absolvido. Segundo a sentença da juíza, ficou provado que ele não teve participação na morte do rapaz. Mas cabe recurso à decisão.
Rafael Bezerra da Silva foi morto no dia 15 de novembro de 2004 com 14 tiros à queima-roupa em Londrina. De acordo com as investigações do caso, o rapaz fumava maconha com um amigo em uma casa abandonada, quando policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) chegaram para procurar objetos roubados que estariam escondidos no local.
Quando os policiais avistaram o garoto, começaram a atirar. “Os PMs tentaram culpar meu filho colocando uma arma nas mãos dele. Os policiais não prestaram socorro, não chamaram o Siate e ainda o arrastaram para longe do local do crime e tiraram a sua camisa. Ele só foi atendido duas horas depois. Quando chegou no hospital, já estava em estado gravíssimo e sem a camisa, que até hoje não sabemos onde está”, disse José Carlos da Silva, que denunciou, na ocasião, ocultação de provas de uma suposta "execução" de seu filho.

Londrix


Jornale

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