sexta-feira, 23 de abril de 2010

Descobertas 123 novas espécies em Bornéu, incluindo sapo voador

Um sapo sem pulmões, um sapo voador e uma lesma que dispara dardos estão entre as 123 novas espécies descobertas em Bornéu desde 2007, num projeto para preservar uma das mais antigas florestas tropicais do mundo.
Relatório da organização ambientalista WWF sobre as descobertas pede que as espécies ameaçadas e a floresta equatorial de Bornéu recebam proteção. A ilha é a terceira maior do mundo e é compartilhada por Malásia, Indonésia e Brunei.
"O desafio é garantir que essas preciosas paisagens estejam intactas para as futuras gerações", diz o texto divulgado nesta quinta-feira.
A busca por novas espécies é parte do projeto Coração de Bornéu, iniciado em fevereiro de 2007 e apoiado pela WWF e pelos três países que controlam territórios na ilha.
O objetivo é preservar 220.000 quilômetros quadrados de floresta úmida que foi descrita por Charles Darwin como "uma enorme estufa feita pela natureza para si mesma".
Exploradores visitam Bornéu há séculos, mas amplos trechos de seu interior ainda precisam ter sua biologia estudada, disse Adam Tomasek, líder do projeto Coração de Bornéu.


Cobra cor de fogo, com escamadas brilhantes que vão do vermelho ao azul. Genot Vogel/WWF

As descobertas incluem o maior bicho-pau do mundo, com 56,7 centímetros; uma cobra cor de fogo e um sapo que voa e muda a cor da pele e dos olhos. No total, 67 plantas, 29 invertebrados, 17 peixes, cinco sapos, três cobras, dois lagartos e uma nova espécie de pássaro foram descobertos.
Bornéu é conhecida como um centro de insetos monstruosos, incluindo baratas de 10 centímetros. Entre as descobertas recentes está um sapo que respira pela pele, porque não tem pulmões, e uma lesma que dispara dardos de calcário durante o acasalamento, injetando hormônios no parceiro.


Estadão

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