terça-feira, 20 de abril de 2010

Padre acusado de pedofilia em Alagoas vai para prisão domiciliar; Igreja cogita expulsão


MACEIÓ - O padre Luís Marques Barbosa, de 83 anos, vai deixar a carceragem do 3º Batalhão de Polícia Militar, em Arapiraca, Alagoas. O advogado do sacerdote, Edson Lucena Maia Neto, conseguiu junto ao juiz Rômulo Vasconcelos que o pedido alternativo de prisão domiciliar fosse acatado. De acordo com o advogado, o padre aguardará em casa a avaliação da Justiça quanto ao pedido de revogação da prisão.
- Nós conseguimos o deferimento no tocante ao pedido da prisão domiciliar e o monsenhor ficará em casa enquanto o juiz analisa a outra solicitação que é a revogação do decreto - esclareceu o advogado.
Ele acredita que também só obterá algum posicionamento sobre a revogação do decreto de prisão do monsenhor na próxima semana, por conta do feriado do dia 21.
Quanto ao motorista José Reinaldo e a cozinheira do monsenhor, o advogado disse que ainda não constituíram advogados.
- A família disse que ia avaliar a situação e depois me procuraria para ver se eu assumiria a defesa dos mesmos. Mas, até o momento isso não ocorrei - disse Edson Lucena.

Igreja cogita expulsão
Os padres Luiz Marques, Raimundo Gomes e Edilson Duarte poderão sofrer a pena máxima da Santa Sé dada a religiosos, caso seja comprovado que eles cometeram crime de abuso sexual contra menores. Conforme o investigador do caso na Diocese de Penedo, padre Daniel do Nascimento, eles poderão receber demissão do estado clerical. Os acusados foram afastados das funções clericais, e por isso, Luiz Marques e Raimundo Gomes perderam também o título de monsenhor.
- Existe a possibilidade de eles perderem, de forma permanente, todas as ordens, e assim não poderem mais ministrar eucaristia, celebrar missas e fazer confissões, casos os crimes relacionados à pedofilia sejam comprovados. Nesse caso, a punição vem da Santa Sé, no Vaticano, não é uma decisão da diocese - disse padre Daniel.
O padre Luiz Marques Barbosa, 83 anos, foi preso em Arapiraca. Ele recebeu voz de prisão no último domingo, logo após prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado Federal, naquele cidade. Acusado de crime de pedofilia, ele teve contra si, além de imagens divulgadas que flagram o religioso praticando sexo com um ex-coroinha, mais provas do delito encontradas pela Polícia Civil em sua residência, como passagem de avião, bebidas alcoólicas e cremes corporais íntimos.


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