terça-feira, 27 de abril de 2010

Laudo indica que menina adotada sofreu lesão corporal leve



O resultado do laudo do exame de corpo de delito feito pelo Instituto Médico Legal (IML), concluído nesta terça-feira (27), indica que a menina de 2 anos, que teria sido agredida por sua mãe adotiva, a procuradora aposentada Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, de 57 anos, foi vítima de lesão corporal leve.
Foram identificados hematomas na boca, na testa e nos olhos. A delegada Monique Vidal, titular da 13ª DP (Ipanema), disse, no entanto, que continuará investigando a hipótese de tortura.
“O resultado do exame é importante, mas precisamos ouvir os depoimentos de todas as testemunhas para ter uma conclusão mais precisa do que provocou essas lesões e em que circunstâncias”, afirmou, após receber o advogado da acusada, Jair Leite Pereira, que foi dar garantias de que sua cliente está à disposição para depor a qualquer momento.
“Ela nega essas acusações de agressão. Ele diz que era ríspida, às vezes, mas que não agredia a criança”, disse o advogado, acrescentando que a aposentada saiu de casa pela manhã apenas para ir à feira e ao cabeleireiro.

Empregada diz que ouvia gritos e choro
Na tarde desta terça-feira, foram ouvidos dois porteiros e a empregada doméstica que trabalhava na casa de Vera Lúcia, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ela contou que não chegou a ver a menina ser espancada, mas que ouvia, frequentemente, muitos gritos e choro da criança no quarto.
Ainda segundo a empregada, a menina só era vista duas vezes durante o dia, nos horários da refeição. Outros quatro ex-empregados, que moram no interior do estado, também serão ouvidos.

Criança foi retirada de apartamento
No último dia 15, logo após receber a denúncia, o Conselho Tutelar retirou a menina do apartamento onde morava com a mãe, em Ipanema, na Zona Sul.
Segundo depoimento do conselheiro, a criança estava no chão do terraço onde fica o cachorro da procuradora aposentada. De lá, a menina foi levada para um hospital. Com os olhos inchados, ela precisou passar três dias internada.
Na delegacia, o Conselho Tutelar registrou uma queixa de maus-tratos e apontou a procuradora como a única responsável pela violência. Uma gravação que teria sido feita dentro do apartamento da suspeita mostra um dos momentos de agressão. A voz seria da procuradora. O choro seria da menina adotada por ela há pouco mais de um mês.
Uma empregada que trabalhou para a promotora, que não quis se identificar, afirmou que a mulher agredia a menina. “A doutora Vera acordava com a garota. Dava bom dia e ela não respondia, era motivo pra bater nela. Aí batia muito. Batia no rosto, na cara e puxava o cabelo”.
Agressões
Abandonada pela mãe num abrigo, a menina de 2 anos foi levada em março para o amplo apartamento de luxo da promotora, em Ipanema, onde ela teria sofrido agressões e humilhações. Segundo a empregada, a procuradora batia na criança na frente dos outros funcionários da casa.
“Ela (promotora) levantou a garota pelo cabelo e dava mais, levou até o quarto dando tapa", afirmou uma babá que também trabalhava para a promotora.
Por causa da violência que dizem ter presenciado, as funcionárias abandonaram o emprego. Agora elas são as principais testemunhas do caso. A empregada contou que a menina não pedia ajuda: “Não pedia. Só chorava. Não tinha como pedir, porque ela não podia chegar perto da gente”, completou a doméstica, que completou dizendo que não chamou a polícia por medo: “Ela sendo uma pessoa poderosa, a gente tinha medo mesmo”.

Perda do direito de tentar novas adoções
A juíza titular da Vara da Infância e da Juventude do Rio de Janeiro, Ivone Caetano, garante que a procuradora perdeu o direito de tentar novas adoções. “Ela já mostrou o perfil dela. Por que nós vamos colocar outra criança a mercê de uma criatura dessa natureza?”.
A nova vida da garota fora do abrigo durou muito pouco. Depois de passar quase um mês na companhia da procuradora aposentada, ela foi levada de volta para a instituição pelo Conselho Tutelar.
“É feito um trabalho psicológico antes de se colocá-la para nova adoção, para que ela perca todo o trauma recebido por tal tratamento”, completou a juíza.


G1

3 comentários:

  1. Que dó desta criança...
    Fico inconformada ao ler notícias como essa, e me pergunto:
    _ O que uma criança faz para merecer tamanho sofrimento.
    Essa procuradora é uma pessoa completamente fora de seu eixo normal, deve submeter-se a tratamento psiquiatrico,para em seguida ir para o zoológico, onde convivendo com os bichos aprenderia como tratar seus semelhantes.
    Quanto a criança, que Deus lhe conceda a graça de esquecer o trauma sofrido e encontrar um lar onde pessoas normais a acolham e deêm à ela o carinho e amor que necessita.

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  2. A lesão era tão leve que a criança precisou ficar três dias hospitalizada.
    Essa mulher aposentada, com o alto salário que nós pagamos, deveria se matar, pq um montro desse não pode continuar vivendo.

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  3. É muito revoltante ver que neste mundo nem os pequeninos, indefesos, estão sendo tratados com respeito. A vida humana realmente perdeu o valor. Jesus disse: "O que fazes a um dos meus pequeninos é a mim que o fazes." Essa "pessoa" que agrediu deste jeito esta criança, que só precisava de amor e de carinho, não tem noção do que ela cometeu. Pois mais que um ser humano ela agrediu principalmente o seu proprio criador.Estamos indiguinados, porém, temos o conhecimento de que a justiça divina é INFALÍVEL. Que a esta criança Deus cubra com os raios da sua miséricórdia e toda a sua ternura de Pai. E a esta mulher não permita que ela morra sem que reconheça perante a lei dos homens e a de Deus o mal que ela cometeu. Deus é fiel, pode tudo.!!!!

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