quarta-feira, 16 de junho de 2010

Brasília é campeã de bullying, diz pesquisa


BRASÍLIA - Uma pesquisa realizada pelo IBGE apontou Brasília como a capital do bulliyng. Segundo o estudo, 35,6% dos estudantes entrevistados disseram ser vítimas constantes da agressão. O maior número de casos ocorreu nas escolas particulares: 35,9%, contra 29,5% nas escolas públicas.
- Nós temos prestado atenção nisso, nós temos o Observatório da Violência nas escolas particulares, temos capacitado os professores, pais e alunos para essa questão do bulliyng - diz Amábile Pácios, presidente dos Estabelecimentos Particulares de Ensino.
O bulliyng é tão agressivo para o aluno quanto para a família inteira, que tem a vida transformada. A filha de Júlia Veras, de 12 anos, que estuda em uma escola pública, sofreu muitas agressões por cauda de um aparelho corretivo para os dentes. E a situação ficou tão inaceitável que a mãe teve que tomar uma atitude drástica.
- Os colegas colocaram um apelido nela, que acabou generalizado na escola. Um dia, quando ela estava descendo a escada, começaram a falar nomes feios para ela, um empurra-empurra, além de jogarem bolinha de papel. Nisso, ela acabou caindo na escada. Ao cair, eles jogaram lixo nela. Eu fui à delegacia e registrei uma ocorrência, e a tirei da escola - conta a mãe.
A solução que o governo encontrou para agir sobre casos como esse foi a criação de Conselhos de Segurança nas escolas.
- Vamos resolver os nossos conflitos tendo como mediadores os nossos colegas, professores e os pais - afirma subsecretária de Educação Integral Ivana Santana Torres.
Os estudantes também estão recebendo aulas de respeito à diversidade. Mas o resultado disso precisa também da vigilância dos pais.
A palavra nominou como agressão o que antes parecia só brincadeira.
- Quando eu tinha uns 7 anos era meio gordinho. E o povo falava de mim, diziam que era gordo, rolha de poço. Esse tipo de coisa - lembra G. M, 15 anos.


O Globo

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