SÃO PAULO - Uma testemunha, um comerciante que estava pescando na represa de Nazaré Paulista, na noite do dia 23 de maio, disse à polícia, em depoimento realizado na tarde desta segunda-feira, que ouviu gritos e viu o carro da advogada Mércia Nakashima, encontrada morta no mesmo local, afundando na represa. O homem está no Programa de Proteção à Testemunha e não teve a identidade revelada.
O delegado Antonio de Olim, que comanda a investigação, disse que está descartada a possibilidade de Mércia ter ficado uma semana em cativeiro antes de ser morta. Segundo ele, a advogada foi morta no mesmo dia em que desapareceu, 23 de maio , após almoço em família, na casa da avó.
- A real história é essa. Ela morreu no próprio dia 23. Às 19h30m, essa testemunha estava na represa pescando e viu um carro descendo o local, em velocidade local. É um senhor, dono de um comércio, que ouviu dois gritos, gemidos que pareciam de criança antes do carro entrar na água - disse Olim.
Segundo o delegado, a testemunha estava do outro lado da represa, a uns 100 metros do carro da advogada, um Honda Fit.
- Ele disse que o carro foi empurrado e desceu uma pessoa do lado do motorista, mas não soube determinar a altura certa - conta o delegado, que ressaltou que a testemunha não consumiu bebida alcoólica durante a pescaria.
De acordo com Antonio de Olim, o comerciante ficou pasmo ao ver o carro entrando na represa. A pessoa que saiu do carro antes deve ter entrado em uma propriedade particular vizinha, ainda de acordo com o depoimento da testemunha.
- Ele não comunicou o fato a ninguém. Ao cortar o cabelo em um ponto comercial de Guarulhos, uma semana depois, ele tomou ciência do desaparecimento e avisou a polícia pelo 181, via denúncia anônima. Em seguida, avisou a família (de Mércia) - contou o delegado.
Segundo de Olim, a denúncia tardia do comerciante comprometeu a investigação da polícia sobre o desaparecimento de Mércia Nakashima.
Segundo a polícia, o rastreador do carro do ex-namorado dela, Mizael Bispo dos Santos, mostrou que o ex-policial e também advogado esteve perto da casa da avó de Mércia no dia do desaparecimento dela. O advogado dele, Sammir Haddad Júnior, disse que Mizael mora lá perto e que a advogada vinha sendo ameaçada por um ex-cliente, que não teria ficado satisfeito com o resultado de suas ações na Justiça.
O advogado diz que Mércia chegou a pedir três vezes que Mizael fosse buscá-la no escritório , por estar possivelmente amedrondata.
A perícia no carro da advogada não foi feita ainda. O veículo, um Honda Fit, encontrado submerso na represa na última quinta-feira, continua encharcado por dentro. Os peritos querem analisar o carro seco, em busca de possíveis impressões digitais ou outros vestígios, como pelos, que possam ajudar identificarquem estava no veículo. A polícia chegou a informar que o carro havia sido jogado na represa de ré e na direção estava alguém com a mesma altura de Mércia - 1m60. Os investigadores acreditam que mais de uma pessoa participou do crime, uma vez que quem jogou o carro na represa teve o apoio de um segundo veículo para deixar o local rapidamente.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviu sábado pessoas que afirmam ter visto a vítima ao lado do ex-namorado, perto de uma favela, na periferia de Guarulhos.
No fim da tarde de sexta-feira, policiais estiveram na casa de Mizael . Eles levaram do local uma camisa rasgada, dois pares de sapatos sujo de terra, uma jaqueta e outros objetos.
A perícia agora irá confrontar amostras da terra nos sapatos e tapete do carro de Mizael com as recolhidas na represa de Nazaré Paulista. O objetivo é saber se ele esteve no local onde o corpo da advogada foi encontrado. A polícia também pediu 4 exames ao Instituto Médico Legal (IML) para saber como Mércia foi morta.
Um laudo preliminar afirma que o corpo da advogada apresentava um ferimento no queixo. Os resultados devem sair em até 30 dias.
O Globo
O delegado Antonio de Olim, que comanda a investigação, disse que está descartada a possibilidade de Mércia ter ficado uma semana em cativeiro antes de ser morta. Segundo ele, a advogada foi morta no mesmo dia em que desapareceu, 23 de maio , após almoço em família, na casa da avó.
- A real história é essa. Ela morreu no próprio dia 23. Às 19h30m, essa testemunha estava na represa pescando e viu um carro descendo o local, em velocidade local. É um senhor, dono de um comércio, que ouviu dois gritos, gemidos que pareciam de criança antes do carro entrar na água - disse Olim.
Segundo o delegado, a testemunha estava do outro lado da represa, a uns 100 metros do carro da advogada, um Honda Fit.
- Ele disse que o carro foi empurrado e desceu uma pessoa do lado do motorista, mas não soube determinar a altura certa - conta o delegado, que ressaltou que a testemunha não consumiu bebida alcoólica durante a pescaria.
De acordo com Antonio de Olim, o comerciante ficou pasmo ao ver o carro entrando na represa. A pessoa que saiu do carro antes deve ter entrado em uma propriedade particular vizinha, ainda de acordo com o depoimento da testemunha.
- Ele não comunicou o fato a ninguém. Ao cortar o cabelo em um ponto comercial de Guarulhos, uma semana depois, ele tomou ciência do desaparecimento e avisou a polícia pelo 181, via denúncia anônima. Em seguida, avisou a família (de Mércia) - contou o delegado.
Segundo de Olim, a denúncia tardia do comerciante comprometeu a investigação da polícia sobre o desaparecimento de Mércia Nakashima.
Segundo a polícia, o rastreador do carro do ex-namorado dela, Mizael Bispo dos Santos, mostrou que o ex-policial e também advogado esteve perto da casa da avó de Mércia no dia do desaparecimento dela. O advogado dele, Sammir Haddad Júnior, disse que Mizael mora lá perto e que a advogada vinha sendo ameaçada por um ex-cliente, que não teria ficado satisfeito com o resultado de suas ações na Justiça.
O advogado diz que Mércia chegou a pedir três vezes que Mizael fosse buscá-la no escritório , por estar possivelmente amedrondata.
A perícia no carro da advogada não foi feita ainda. O veículo, um Honda Fit, encontrado submerso na represa na última quinta-feira, continua encharcado por dentro. Os peritos querem analisar o carro seco, em busca de possíveis impressões digitais ou outros vestígios, como pelos, que possam ajudar identificarquem estava no veículo. A polícia chegou a informar que o carro havia sido jogado na represa de ré e na direção estava alguém com a mesma altura de Mércia - 1m60. Os investigadores acreditam que mais de uma pessoa participou do crime, uma vez que quem jogou o carro na represa teve o apoio de um segundo veículo para deixar o local rapidamente.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviu sábado pessoas que afirmam ter visto a vítima ao lado do ex-namorado, perto de uma favela, na periferia de Guarulhos.
No fim da tarde de sexta-feira, policiais estiveram na casa de Mizael . Eles levaram do local uma camisa rasgada, dois pares de sapatos sujo de terra, uma jaqueta e outros objetos.
A perícia agora irá confrontar amostras da terra nos sapatos e tapete do carro de Mizael com as recolhidas na represa de Nazaré Paulista. O objetivo é saber se ele esteve no local onde o corpo da advogada foi encontrado. A polícia também pediu 4 exames ao Instituto Médico Legal (IML) para saber como Mércia foi morta.
Um laudo preliminar afirma que o corpo da advogada apresentava um ferimento no queixo. Os resultados devem sair em até 30 dias.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário