terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mineiros chilenos começam a receber água e comida


Começaram a ser enviadas nesta segunda-feira as primeiras remessas de comida e água aos 33 mineiros presos há 17 dias soterrados em uma mina de cobre e ouro no norte do Chile.

Acredita-se que os mineiros perderam peso desde que ficaram presos, por isso foi enviada a eles uma solução altamente calórica de glicose.
O único canal de comunicação dos mineiros é um pequeno buraco de cerca de 15 centímetros de diâmetro. Eles estão em um abrigo a 700 metros de profundidade e cerca de 25 metros quadrados de tamanho.
Os 33 homens sobreviveram os 17 dias graças a tanques de água que estavam no abrigo e canais de ventilação.

Saúde mental
Autoridades chilenas dizem que o resgate dos homens pode levar até quatro meses, quando um túnel para sua retirada ficar pronto.
Uma das maiores preocupações agora é com a saúde mental dos confinados e uma equipe de médicos e psicólogos disse que será desenvolvido um programa para que os mineiros suportem bem o período.
"Precisamos estabelecer com urgência qual o estado psicológico em que eles se encontram. Eles precisam entender o que sabemos aqui na superfície, que levará várias semanas até eles verem a luz do sol", disse o ministro da Saúde, Jaime Manalich.
"Deve-se estabelecer uma liderança (entre eles) e uma rede de apoio para prepará-los para o que está pela frente, o que não é pouco", completou.

Bilhete
As vítimas ainda não haviam feito contato com as equipes de resgate e havia pouca esperança de que os trabalhadores pudessem estar vivos até este domingo.
O anúncio foi feito depois de uma sonda perfuradora, inserida na mina por equipes de resgate, ter voltado à superfície com um bilhete onde os mineiros afirmavam estar bem.
"Estamos bem, em um refúgio, os 33", diz o bilhete.
Pouco depois, uma câmera que foi enviada com uma sonda para o interior da mina captou imagens de nove mineiros, aparentemente em boas condições de saúde.
O acidente ocorreu no último dia 5 de agosto, em uma mina localizada perto da cidade de Copiapó. Os mineiros trabalhavam a uma profundidade de cerca de 700 metros, quando uma rocha que estava acima deles desabou.


BBC Brasil

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