sábado, 2 de outubro de 2010

Brasil prepara planos contra o turismo sexual durante a Copa de 2014


O governo brasileiro promoverá a partir deste mês uma campanha para combater a exploração sexual de menores e adolescentes durante a Copa do Mundo de 2014. A previsão do ministério do Turismo é que o Brasil receba cerca de 600 mil estrangeiros durante o torneio, cerca de 10% do número anual do país.
Segundo o secretário-executivo do ministério, Mário Moysés, além de melhorar a estrutura para os turistas, é necessário “se preocupar com o fator social” e sensibilizar a sociedade para que combata e condene os abusos sexuais.
Moysés afirmou que o ministério do Turismo já assinou um acordo de colaboração com Itália e Alemanha sobre o tema. O nome do programa é “Um gol para os direitos das crianças”.
O objetivo do projeto é desenvolver planos de ações regionais e formar 390 agentes sociais capacitados para denunciar os casos de abuso, além de orientar os profissionais de saúde, hotelaria e polícia a atuarem contra a exploração sexual.
O secretário comentou ainda que outra parte da campanha estará focada nos adolescentes que vivem em áreas mais pobres e próximas às sedes da Copa do Mundo. Assim, segundo ele, a prostituição não crescerá.
O governo manterá como principal mecanismo de denúncia um número telefônico (Disque 100) que recebe, em média, 418 chamadas por dia, das quais 80% correspondem a vítimas do sexo feminino.


Um comentário:

  1. O abuso sexual é uma das formas mais comuns de violência no Brasil.
    Essa violência acontece nas famílias com maior vulnerabilidade social.
    “A pobreza, o desemprego, a falta de políticas públicas preventivas e a exclusão social fazem parte da macroesfera que leva à violência sexual”,
    “a exploração sexual abrange o abuso sexual por parte do adulto e remuneração em dinheiro ou em espécie para a criança/adolescente, que é tratada como objeto sexual ou mercadoria. A exploração sexual comercial constitui uma forma de coerção e violência contra a infância e adolescência e equivale a trabalho forçado, sendo considerada uma forma contemporânea de escravidão”.

    Haveria a “preocupação social” se houvesse um maior investimento em políticas públicas contínuas que garantam saúde, educação, lazer e proteção para as crianças e que responsabilizem os agressores.
    Se existisse essa "verdadeira preocupação com o fator social”, a copa de 2014 não seria aqui no Brasil!
    O que está em jogo é a satisfação do desejo sexual do consumidor, seguido do lucro, e as relações de poder desigual. Fica evidenciada também a exploração e a dominação de classe, de gênero e etnia de crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

    Um dos maiores problemas vinculados à exploração sexual, principalmente nas regiões de turismo, é que as redes de exploração trazem MUITO LUCRO para as cidades, tendo, assim, a conivência de vários segmentos da sociedade.

    A maioria das empresas do setor turístico trabalha com exploração sexual. Muitos empresários não têm nenhum comprometimento social. VISAM SOMENTE O LUCRO. Tem categorias que vivem somente disso...

    "Brasil prepara planos contra o turismo sexual durante a Copa de 2014" (?????)

    “se preocupar com o fator social” (?????)

    Mentira deslavada!
    Socorro!

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