sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Colega ofereceu munição e arma a menino baleado em SP; polícia investiga


Um colega de turma de Miguel Cestari Ricci dos Santos, 9, havia oferecido munição e até uma arma ele, segundo a polícia. Miguel morreu baleado na última quarta-feira (29), em uma sala de aula da Escola Adventista de Embu (região metropolitana de São Paulo). A polícia investiga as circunstâncias do tiro.
De acordo com relato da mãe do garoto à Polícia Civil, o coleguinha ofereceu a munição dias antes da morte do menino. Quando soube, a mãe disse a Miguel para não se envolver, porque ele não precisaria de arma.
O autor do tiro e a arma utilizada contra o menino ainda não foram localizados, mas a polícia já sabe que a bala partiu de um revólver calibre 38 e foi disparada à queima roupa.
As primeiras perícias da Polícia Civil na sala de aula apontam que o local foi lavado antes mesmo da chegada das autoridades. Os testes realizados pelos peritos com o reagente químico luminol confirmam que a sala de aula foi limpa antes da perícia ter sido feita. O luminol revelou o local das manchas, já limpas.

TIRO
Ainda pela análise dos investigadores da Polícia Civil, peritos e médicos-legistas, é possível afirmar que o projétil que atingiu Miguel era velho, sem a potência de uma munição em estado de conservação normal.
O projétil disparado contra Miguel o atingiu no lado esquerdo do abdômen e ficou alojado perto de seus rins. Para a polícia, um outro aluno da turma de Miguel, que cursava a quarta série, pode ter atirado.
Ao todo, a turma de Miguel tinha 37 crianças --20 já foram ouvidas. Nos depoimentos dos alunos, segundo o delegado Carlos Cerone, existem contradições.
Para o delegado Marcos Carneiro Lima, chefe do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro SP), a escola precisa colaborar mais com as investigações.
"A escola está numa situação delicada, mas ela precisa colaborar. O garoto não morreu na hora que foi baleado. Quando foi para o hospital, ele estava consciente. Quem o socorreu deve ter perguntado o que aconteceu", disse.
Quem levou Miguel para o hospital foi o diretor da escola, Alan Fernandes de Oliveira. Em depoimento informal, Oliveira afirmou que o garoto não contou o que aconteceu.
No enterro, ontem, familiares questionaram o fato de o colégio não ter acionado o resgate e ter levado o menino em carro particular para hospital a 25 km da escola.
Caso seja comprovado que a arma que matou Miguel pertencia ao pai de algum aluno, ele será responsabilizado por negligência na guarda de armamento e, se condenado, poderá pegar de um a dois anos de prisão.


Um comentário:

  1. O pai desse menino que levou a arma dever ser um colecionardor, pois o que o filho levava para o colégio era antigo.
    Apareçam logo, escondendo poensando estar protegendo o filho estão indo pelo mesmo caminho do pai do menino que matou o Rafael da Ciça.
    Ensinem a assumir o que faz desde cedo.
    Um caso estranho esse, o colégio não ajuda, ninguém sabe, ninguém viu.
    A família do menino deve ser muito importante para eles, mas se creem em Deus sabem que a verdade aparece de repente.
    Seria mais bonito, eles se apresentarem a polícia do que estar fugindo, calando quando todos já sabem quem é.

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