segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Caso Bruno: Desembargador nega liminar para paralisar julgamento


Contagem (Minas Gerais) - O desembargador Julio Cezar Gutierrez, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, negou nesta segunda-feira liminar para um habeas-corpus que pedia a paralisação e suspensão do processo que apura a morte de Eliza Samudio no Tribunal do Júri de Contagem, na região metropolitana.
O habeas-corpus, que ainda será julgado definitivamente pela Câmara Criminal, foi impetrado no fim da semana passada pelo advogado Claudio Dalledone Junior, novo defensor do goleiro Bruno.
Dalledone pediu que o desembargador autorizasse o depoimento de três dos quatro delegados que trabalharam nas investigações do desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Se a liminar fosse acatada, o processo deveria retornar à fase de instrução e depoimentos.
Durante o interrogatório de testemunhas e dos réus, em outubro e novembro, a juíza Marixa Fabiane dispensou o depoimento de Ana Maria Santos, Alessandra Wilke e Edson Moreira com a alegação de que as declarações deles em juízo poderiam causar contradições, já que o que tinham a informar já constava no inquérito encaminhado à Justiça.
O advogado Claudio Dalledone alega que o depoimento dos delegados "é importantíssimo porque há denúncias contra eles" de irregularidades praticadas durante a investigação.
Pedido de liberdade
Claudio Dalledone Júnior também impetrou junto à 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) um pedido de habeas-corpus para o goleiro Bruno. A liminar também será julgada pelo desembargador Julio Cezar Gutierrez durante esta semana.
Segundo o TJMG, o pedido também vale para os outros sete réus que estão presos, já que eles entram como interessados na decisão.
Na última sexta-feira, a juíza Marixa Fabiane revogou a prisão preventiva de Flavio Caetano Araújo, o Flavinho, motorista de Bruno, depois que o promotor de Justiça Gustavo Fantini entregou as alegações finais nas quais pediu que todos os réus, à exceção de Flavinho, sejam pronunciados e mandados a júri popular.


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