segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Em Brasília, festa é regada com sexo e drogas ao ar livre



O Fantástico acompanhou a operação da Polícia Civil do DF que acabou com a farra. E teve de tudo: tiroteio, apreensão de drogas.

Agora o Fantástico vai fazer uma denúncia muito séria, com imagens reveladoras. Nos arredores de Brasília, acontece uma festa ilegal, com sexo e drogas, no meio da rua.
Nossa equipe acompanhou, na madrugada deste domingo, a operação da Polícia Civil do Distrito Federal que acabou com a farra. E teve de tudo: tiroteio, apreensão de drogas... E o desespero de famílias na delegacia, já com o dia claro.
Um posto de gasolina em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, serve de cenário para uma festa bizarra.
Meninas muito jovens dançam em poses provocantes, fazendo malabarismos sexuais em troca de drogas.
Cocaína e maconha são consumidas a céu aberto, sem constrangimento.
Imagens, obtidas com exclusividade pelo Fantástico, foram feitas pela Polícia Civil do Distrito Federal ao longo de seis meses de investigações.
“Desde que nós chegamos aqui à nossa área, em março, a gente vem fazendo diligências, investigações dessas festas que tanto incomodavam a comunidade local e principalmente com relação às denúncias de tráfico de entorpecentes, de menores que eram embriagadas e drogadas e também de perturbação da paz do sossego alheio”, diz o delegado Fernando Fernandes.
As festas geralmente acontecem às segundas, às quintas e aos sábados, sempre depois da meia-noite. São divulgadas pela internet, pelos sites de relacionamento e, segundo a polícia, contam com a presença de traficantes.
As mulheres têm entrada livre. Já os homens precisam de uma senha para participar do tal evento.
“Eles colocam os cavaletes do próprio estabelecimento ali no ponto. A pessoa chega de carro e tem que dizer a senha. Se ela não disser a senha ela não entrará naquele grupo, naquela festa”, explica o delegado.
Com drogas à vontade, não demora para as meninas, muitas delas menores de idade, ficarem completamente desinibidas.
Depois de entorpecidas, as jovens promovem, o que elas mesma denominaram como dança da perereca, que consiste em dançar com as pernas para cima, apoiadas na parede, fazendo sexo oral com seu parceiro.
E a elas então é oferecido um brinde: uma garrafa de uísque, cocaína, maconha.
“E fica nítido que elas não têm nem assim a verdadeira noção do que estão fazendo porque a essas alturas já consumiram tanta droga que aí ela não tem mais noção daquela questão da exposição da questão moral”, diz Cleide Gisele, chefe de repressão ao tóxico.
As investigações da Polícia Civil já levaram à prisão de 40 pessoas, indiciadas por crimes como tráfico de drogas, corrupção de menores, porte de armas e formação de quadrilha.
São quase 4h10 de domingo e nós estamos na 24 delegacia de polícia, em Ceilândia, onde cerca de 40 policiais estão se preparando para uma nova operação lá no posto de gasolina onde acontece a festa de sexo e drogas.
“Nossas equipes que estão lá no local infiltradas já informaram que pelo menos três traficantes foram já identificados. Vamos fazer o cerco e tentar prender em flagrante de delito”, conta o delegado Fernando.
Os carros estacionados no posto de gasolina são revistados.
“Uma boa parte aqui são dependentes químicos. Outros são traficantes. O que acontece é que nessa aglomeração, eles dispensam as drogas e se misturam no meio dos demais”, conta o delegado Hailton Cunha.
São quase 6h, já está quase amanhecendo e as meninas, as jovens que foram detidas estão todas ali e vão ser levadas agora pra delegacia, muitas delas menores de idade e de lá elas só vão sair com a presença dos pais.
Uma das meninas, de 17 anos, exibe a barriga de cinco meses de gravidez.
Os últimos suspeitos vão ser levados agora pra delegacia. Os policiais ainda vão manter parte do pessoal no local pra poder procurar em volta do posto, fazer uma varredura no terreno pra ver se encontram mais drogas, mais armas e lá na delegacia começa uma nova fase da operação. Trezentas pessoas foram parar na delegacia. Cinquenta menores de idade.
Depois de prestar esclarecimentos, os jovens começam a ser liberados. Uma tia veio buscar a sobrinha menor de idade. Outra mulher é a mãe da adolescente grávida.
A operação da madrugada deste domingo apreendeu aproximadamente meio quilo de cocaína, meio quilo de maconha, além de pedras de crack e uma arma de fogo. Vinte e três pessoas vão responder a processo por uso de drogas.


Fantástico

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