quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mais dois brasileiros estão entre mortos de chacina no México


A Polícia Federal (PF) confirmou a identificação de mais dois brasileiros, do Estado do Pará, mortos no massacre ocorrido em Tamaulipas, no norte do México, em que 72 pessoas foram executadas por narcotraficantes, em agosto. Com estas duas vítimas sobe para quatro o número de brasileiros assassinados na chacina.
No último domingo, a PF enviou três agentes ao México para auxiliar, juntamente com o Consulado do Brasil no país, as autoridades mexicanas na identificação de possíveis vítimas brasileiras.
Na última semana tinham sido identificadas outras duas vítimas de Minas Gerais, Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, de Sardoá, e Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, de Santa Efigênia de Minas. A PF não divulgou a identidade dos paraenses.
Familiares e amigos de cidadãos brasileiros que tenham partido para a região no período do massacre, e que tenham perdido contato desde então com eles, devem entrar em contato com o Núcleo de Assistência a Brasileiros, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio dos números (61) 3411-8804/8805/8818/8809/9718, ou no e-mail: dac@itamaraty.gov.br.
As informações podem ser úteis na identificação de outras possíveis vítimas brasileiras no México, segundo o Itamaraty.
A polícia acredita que os imigrantes foram mortos por traficantes do cartel Los Zetas após se negarem a trabalhar como matadores de aluguel para os criminosos. As únicas testemunhas do crime são o equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, que entrou em contato com as autoridades, o hondurenho sob proteção policial que colabora com as investigações no México, e o terceiro sobrevivente, ainda não identificado.
Lala, no entanto, afirmou à imprensa oficial de seu país que viajava em um grupo de 76 pessoas, deixando aberta a possibilidade de que existam mais duas testemunhas para o crime.
Desde 2006, a violência relacionada ao tráfico de drogas no México deixou mais de 28 mil mortos, a maioria na área fronteiriça com os EUA. O governo destacou 50 mil militares para combater os traficantes.


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