Iniciativa de mudar os hábitos das crianças é responsabilidade dos pais, diz diretora da Agan
Em frente a uma prateleira de guloseimas não tem criança que resista olhar, tocar e pegar os produtos. Coloridos e cheios de desenhos, estes atrativos aos olhos acabam por ser irresistíveis também ao paladar. Isso não seria problema caso salgadinhos e bolachinhas recheadas não fossem prejudiciais a saúde se ingeridas em grandes quantidades.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo com alunos de ensino fundamental, a cor e a marca das embalagens dos alimentos são facilmente memorizadas pelas crianças. Para a nutricionista Jussara Maria dos Santos, diretora da Associação Gaúcha de Nutrição, isso demonstra o poder de influência da publicidade sobre a cabeça dos pequenos.
— Esse tipo de produto costuma ficar nas prateleiras inferiores, na altura dos olhos deles — diz a nutricionista.
Jussara afirma que os fabricantes desses alimentos têm uma responsabilidade muito grande sobre a qualidade dos produtos que oferecem, mas acredita que são os pais e os educadores que devem orientar as crianças e apresentar alimentos alternativos.
— É difícil invertermos essa realidade, pois batemos de frente com grandes multinacionais. Portanto, a mudança deve ser iniciativa dos pais. A criança é a imagem e semelhança do adulto que a conduz — afirma.
Dialogar e ensinar as crianças que as guloseimas só devem ser consumidas em datas especiais ou esporadicamente é importante. Porém, é na prática que elas vão se habituar a procurar alimentos saudáveis.
Desde um ano de idade, elas já são capazes de aprender, afirma Jussara, que também ministra curso para nutricionistas que querem atuar na área infantil.
— É importante levar as crianças ao supermercado e apresentar os produtos a elas. Em casa, ao invés de abrir um refrigerante, faça um suco natural e deixe a criança participar do processo. No início pode parecer perda de tempo, mas para eles é um momento muito importante — orienta ela.
Algumas dicas da nutricionista:
:: Leve a criança ao supermercado periodicamente e apresente os alimentos saudáveis;
:: Deixe-a participar do preparo dos alimentos em casa. Além de saudável e educativo, pode se tornar um momento agradável em família;
:: Habitue-os a ingerir porções pequenas de guloseimas ou apenas em datas especiais, como aniversários;
:: Desde cedo, ofereça frutas e legumes. Com um ano, o tato e o paladar são muito aguçados;
:: Converse e explique os benefícios de uma alimentação natural;
:: Não ofereça doces e salgados como recompensa ou premiação. Eles vão associar o alimento a coisas boas;
Sobre a pesquisa
O estudo concluiu que os elementos de comunicação presentes nas embalagens ficam igualmente gravados na memória das crianças independente do estado nutricional, frequência de ida ao supermercado e de consumo dos alimentos.
A nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, autora da pesquisa, verificou que, em relação à memória visual das embalagens de salgadinho, os componentes que apareceram com maior frequência nos desenhos foram marca (54,6%), imagem do produto (45,4%) e personagem (27,0%) e as cores mais utilizadas foram vermelho (36,8%), azul (30,3%) e amarelo (22,4%).
As cores identificadas pelas crianças, tanto para salgadinho, como para biscoito recheado condizem com os produtos comercializados. Todas as embalagens de salgadinho apresentavam a imagem do produto e 53,8% possuíam o personagem que representa a marca, para o biscoito, em 54,5% das embalagens havia presença de personagem.
Zero Hora
Em frente a uma prateleira de guloseimas não tem criança que resista olhar, tocar e pegar os produtos. Coloridos e cheios de desenhos, estes atrativos aos olhos acabam por ser irresistíveis também ao paladar. Isso não seria problema caso salgadinhos e bolachinhas recheadas não fossem prejudiciais a saúde se ingeridas em grandes quantidades.
Segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo com alunos de ensino fundamental, a cor e a marca das embalagens dos alimentos são facilmente memorizadas pelas crianças. Para a nutricionista Jussara Maria dos Santos, diretora da Associação Gaúcha de Nutrição, isso demonstra o poder de influência da publicidade sobre a cabeça dos pequenos.
— Esse tipo de produto costuma ficar nas prateleiras inferiores, na altura dos olhos deles — diz a nutricionista.
Jussara afirma que os fabricantes desses alimentos têm uma responsabilidade muito grande sobre a qualidade dos produtos que oferecem, mas acredita que são os pais e os educadores que devem orientar as crianças e apresentar alimentos alternativos.
— É difícil invertermos essa realidade, pois batemos de frente com grandes multinacionais. Portanto, a mudança deve ser iniciativa dos pais. A criança é a imagem e semelhança do adulto que a conduz — afirma.
Dialogar e ensinar as crianças que as guloseimas só devem ser consumidas em datas especiais ou esporadicamente é importante. Porém, é na prática que elas vão se habituar a procurar alimentos saudáveis.
Desde um ano de idade, elas já são capazes de aprender, afirma Jussara, que também ministra curso para nutricionistas que querem atuar na área infantil.
— É importante levar as crianças ao supermercado e apresentar os produtos a elas. Em casa, ao invés de abrir um refrigerante, faça um suco natural e deixe a criança participar do processo. No início pode parecer perda de tempo, mas para eles é um momento muito importante — orienta ela.
Algumas dicas da nutricionista:
:: Leve a criança ao supermercado periodicamente e apresente os alimentos saudáveis;
:: Deixe-a participar do preparo dos alimentos em casa. Além de saudável e educativo, pode se tornar um momento agradável em família;
:: Habitue-os a ingerir porções pequenas de guloseimas ou apenas em datas especiais, como aniversários;
:: Desde cedo, ofereça frutas e legumes. Com um ano, o tato e o paladar são muito aguçados;
:: Converse e explique os benefícios de uma alimentação natural;
:: Não ofereça doces e salgados como recompensa ou premiação. Eles vão associar o alimento a coisas boas;
Sobre a pesquisa
O estudo concluiu que os elementos de comunicação presentes nas embalagens ficam igualmente gravados na memória das crianças independente do estado nutricional, frequência de ida ao supermercado e de consumo dos alimentos.
A nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, autora da pesquisa, verificou que, em relação à memória visual das embalagens de salgadinho, os componentes que apareceram com maior frequência nos desenhos foram marca (54,6%), imagem do produto (45,4%) e personagem (27,0%) e as cores mais utilizadas foram vermelho (36,8%), azul (30,3%) e amarelo (22,4%).
As cores identificadas pelas crianças, tanto para salgadinho, como para biscoito recheado condizem com os produtos comercializados. Todas as embalagens de salgadinho apresentavam a imagem do produto e 53,8% possuíam o personagem que representa a marca, para o biscoito, em 54,5% das embalagens havia presença de personagem.
Zero Hora
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