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segunda-feira, 3 de maio de 2010
'Amamentei as duas crianças', diz mãe de bebê trocado em MG
Estudante reclamou de rasura em pulseira de identificação de criança.
Direção de hospital informou que afastou três funcionárias.
"Amamentei as duas crianças. Só fui perceber que minha filha tinha sido trocada um dia depois. Fiquei praticamente um dia inteiro com a filha errada". Foi dessa maneira que a estudante Charlene Ferreira, 17 anos, descreveu as primeiras 24 horas que passou na maternidade em Três Corações (MG), desde sábado (1º), quando deu à luz no Hospital São Sebastião.
"Demorei um dia para perceber a diferença. A minha filha (Vitória) tinha peso diferente, o tamanho do pé também era diferente. A minha menina tinha 46 centímetros e a outra criança tinha dois centímetros a mais", disse Charlene, que permanece internada no hospital até a conclusão do exame de DNA, que foi realizado para constatar a paternidade dos dois bebês trocados.
"Estamos fazendo esse exame por fazer, pois tenho certeza que minha filha foi trocada. Além disso, o bebê que ficou comigo no primeiro dia é a cara do pai e esse pai não é o meu marido. Por sorte, hoje estou com minha filha verdadeira", afirmou Charlene.
A mãe da estudante, dona Ivana, disse que está ansiosa para que a filha e a neta voltem para casa. "Não vejo a hora de vê-las em casa, fora do hospital e com a confusão resolvida."
Investigação
A Polícia Civil de Três Corações confirmou que a pulseira de identificação de um bebê recém-nascido foi adulterada, mas o laudo do Instituto de Criminalística ainda não ficou pronto. A investigação começou depois que Charlene também percebeu uma rasura no acessório.
Sandro Urbano, marido de Charlene, disse que a pulseira tinha indícios de que foi escrita em vermelho e, depois, em azul.
O diretor do hospital, Arnaldo Afonso Monteiro, disse ao G1 que as três funcionárias que estavam de plantão foram afastadas. "Todos vão cumprir afastamento até que o processo administrativo seja concluído. As informações preliminares que tenho é que houve rasura, mas não houve adulteração do lacre da pulseira."
Monteiro disse ainda que não chegou a ocorrer a troca dos bebês. "As crianças não foram trocadas. Isso não chegou a acontecer. De qualquer forma, o hospital está mantendo uma equipe multidisciplinar para acompanhar as crianças, os pais e as mães."
G1
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