segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bebês são destrocados em Goiânia e mães dizem que vão criar meninos como 'gêmeos'


SÃO PAULO - As mães dos bebês trocados em março de 2009 em uma maternidade de Goiás destrocaram na tarde desta segunda-feira os dois meninos na Vara da Infância e Juventude, na presença do juiz Maurício Porfírio. Segundo a Justiça, uma das mães teria ido ao encontro sem a criança, a quem criou como filho até agora, mas acabou convencida de buscar o menino. Os bebês nasceram em 25 de março de 2009 e conviveram com as mães trocadas até agora. A troca de bebês foi confirmada por um exame de DNA na última sexta-feira. Uma das mães, moradora de uma cidade na Região Metropolitana de Goiânia, pretende mudar para a capital e morar perto da criança por ela criada.
A dona de casa Elaine Gomes de Oliveira Pires, de 28 anos, moradora de Terezópolis de Goiás, a 26 km de Goiânia, pretende mudar-se para a capital, para participar da criação do menino que até agora cuidou como filho. A vendedora Queila dos Santos Fagundes, de 23 anos, mãe do bebê cuidado pela Elaine, recebeu bem a idéia. Apesar de chorarem muito, as mães estão conformadas, se sentem aliviadas com a destroca e convivem em clima familiar.
- Queila é agora uma irmã para mim e os dois serão como irmãos gêmeos - diz Elaine.
Segundo a Justiça, as certidões de nascimento dos meninos já foram anuladas. Psicólogos da Vara da Infância e Juventude darão apoio às mães. As mães irão mover ação de danos morais contra o Hospital Santa Lúcia, de Goiânia, onde os bebês nasceram.
O caso veio à tona depois que um dos pais, de pele escura, deixou a mulher, pois desde o nascimento da criança acreditava que havia sido traído pela mulher, pois a criança nasceu bem mais clara. O casal se separou. Cansada de ser agredida, a mãe da jovem de 23 anos já havia providenciado um exame de DNA, que mostrou que o bebê não era filho do casal.
A polícia fez um levantamento de todos os bebês que nasceram no dia 25 de março de 2009 na maternidade
É o segundo caso de troca de bebês no mesmo hospital. Os partos ocorreram cerca de quatro meses depois de ter sido revelada a troca de duas recém-nascidas, que acabaram sendo destrocadas e entregues aos pais biológicos 21 dias depois. Três enfermeiras vão ser indiciadas pela troca dos bebês. Elas cometeram uma série de erros, entre eles, a troca das pulseirinhas de identificação e os resultados dos testes de impressão dos pezinhos. Se condenadas, podem pegar até seis anos de prisão.


3 comentários:

  1. Imagina como serão ruins as primeiras noites dessas crianças, longe de suas "ex-mães"?

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  2. Victor, com toda razão.
    Veja como foi a primeira noite da família.
    E a pobre mãe abandonada pelo marido que desconfiou dela.
    Tudo isso acontecendo pela negligência e irresponsabilidade de funcionários do hospital.
    Que superem bem esse período de adaptação.

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  3. Mas o cara que abandonou a mulher com um bebê no colo foi bem cretino! Não se deixa uma esposa desamparada com um bebê.

    Se a mulher tivesse pulado a cerca também não justificaria, porque a criança não teria culpa de nada!

    Achei muito digna a atitude dessas mães de criarem juntas as crianças. Pra ser mãe, basta ter amor e criar! E foi o que elas fizeram!

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