Quilo da droga custava R$ 14 mil no início do ano e, com a retração, caiu para R$ 11,5 mil
O aumento no número de favelas ocupadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) diminuiu a venda de crack no Rio de Janeiro, afirmou um agente da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas) ao R7.
Com a retração do consumo, caiu o preço do quilo da droga pago pelos traficantes aos fornecedores. Até o início do ano, o quilo do crack custava cerca de R$ 14 mil e, agora, é adquirido por R$ 11,5 mil. Não houve mudança significativa do preço para os usuários.
As UPPs são unidades de policiamento comunitário permanente em favelas do Rio de Janeiro, que visam à ocupação de áreas antes dominadas por traficantes. A primeira foi instalada em 2008 no morro Dona Marta, em Botafogo, na zona sul. Nesta semana, foram instaladas as primeiras unidades em favelas da zona norte.
Segundo o policial, que falou à reportagem sob condição de anonimato, todas as favelas com UPPs, principalmente as da zona sul, pararam de vender crack. Isso porque, como a droga vicia muito rapidamente, o consumidor vira presa fácil para prestar informações à polícia sobre quem vendeu. Como as bocas de fumo existentes em comunidades pacificadas não possuem armas, ficaria mais fácil a prisão de quem está comercializando.
Atualmente, na zona sul, estão ocupadas por UPPs, além do Dona Marta, as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana e Chapéu Mangueira, no Leme. Segundo o agente, a única favela que ainda vende crack na região é o morro do Santo Amaro, no Catete, que não tem uma UPP.
As favelas da Rocinha, do Vidigal e o morro Azul, também na zona sul, não estão pacificadas, mas seus traficantes não se interessam por vender crack, preferindo consumidores de alto poder aquisitivo. Na Rocinha, por exemplo, há papelotes de cocaína saindo por R$ 150. Cada papelote pesa entre 5 gramas e 10 gramas, e o preço varia de acordo com a pureza da droga.
Os traficantes da Rocinha até recebem cargas de crack na favela, mas preferem repassá-las para outras da mesma facção, como o São Carlos e a Mineira, na região central, frequentada por muitas pessoas de baixa renda.
- O crack só é vendido por esta facção em "bocas pobres". Em "boca rica" não há o interesse.
Segundo o policial, 100% das favelas da facção ligada ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que não estão pacificadas, ainda vendem crack, com destaque para as favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, na zona norte.
Nessas localidades, é possível comprar uma pedra da droga com 3 gramas, do tipo cristal, que age mais rapidamente, por cerca de R$ 25. A pedra de crack normalmente pesa 1grama e custa R$ 5.
O aumento no número de favelas ocupadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) diminuiu a venda de crack no Rio de Janeiro, afirmou um agente da Dcod (Delegacia de Combate às Drogas) ao R7.
Com a retração do consumo, caiu o preço do quilo da droga pago pelos traficantes aos fornecedores. Até o início do ano, o quilo do crack custava cerca de R$ 14 mil e, agora, é adquirido por R$ 11,5 mil. Não houve mudança significativa do preço para os usuários.
As UPPs são unidades de policiamento comunitário permanente em favelas do Rio de Janeiro, que visam à ocupação de áreas antes dominadas por traficantes. A primeira foi instalada em 2008 no morro Dona Marta, em Botafogo, na zona sul. Nesta semana, foram instaladas as primeiras unidades em favelas da zona norte.
Segundo o policial, que falou à reportagem sob condição de anonimato, todas as favelas com UPPs, principalmente as da zona sul, pararam de vender crack. Isso porque, como a droga vicia muito rapidamente, o consumidor vira presa fácil para prestar informações à polícia sobre quem vendeu. Como as bocas de fumo existentes em comunidades pacificadas não possuem armas, ficaria mais fácil a prisão de quem está comercializando.
Atualmente, na zona sul, estão ocupadas por UPPs, além do Dona Marta, as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana e Chapéu Mangueira, no Leme. Segundo o agente, a única favela que ainda vende crack na região é o morro do Santo Amaro, no Catete, que não tem uma UPP.
As favelas da Rocinha, do Vidigal e o morro Azul, também na zona sul, não estão pacificadas, mas seus traficantes não se interessam por vender crack, preferindo consumidores de alto poder aquisitivo. Na Rocinha, por exemplo, há papelotes de cocaína saindo por R$ 150. Cada papelote pesa entre 5 gramas e 10 gramas, e o preço varia de acordo com a pureza da droga.
Os traficantes da Rocinha até recebem cargas de crack na favela, mas preferem repassá-las para outras da mesma facção, como o São Carlos e a Mineira, na região central, frequentada por muitas pessoas de baixa renda.
- O crack só é vendido por esta facção em "bocas pobres". Em "boca rica" não há o interesse.
Segundo o policial, 100% das favelas da facção ligada ao traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que não estão pacificadas, ainda vendem crack, com destaque para as favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, na zona norte.
Nessas localidades, é possível comprar uma pedra da droga com 3 gramas, do tipo cristal, que age mais rapidamente, por cerca de R$ 25. A pedra de crack normalmente pesa 1grama e custa R$ 5.
Quem passa perto dessas comunidades, vê muitos viciados, muitos ainda crianças, perambulando pela rua descalços, mal vestidos e desorientados. Muitos tentam entrar de graça nos ônibus.
Com a venda no varejo, os traficantes faturam de R$ 28 mil a R$ 29 mil com cada quilo de crack, comprado a R$ 11,5 mil.
De acordo com o agente ouvido pelo R7, outra organização criminosa, que atua no complexo de favelas de Senador Camará, na zona oeste, Acari, na zona norte e complexo da Maré, também na zona norte, não vende crack, porque os bandidos não gostam de viciados perambulando por seus redutos.
Com a venda no varejo, os traficantes faturam de R$ 28 mil a R$ 29 mil com cada quilo de crack, comprado a R$ 11,5 mil.
De acordo com o agente ouvido pelo R7, outra organização criminosa, que atua no complexo de favelas de Senador Camará, na zona oeste, Acari, na zona norte e complexo da Maré, também na zona norte, não vende crack, porque os bandidos não gostam de viciados perambulando por seus redutos.
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