domingo, 16 de maio de 2010

Após incêndio, Instituto Butantan fica fechado neste domingo



Fogo destruíu mais de 70 mil espécies catalogadas no acervo de animais

Por causa do incêndio que atingiu 70% do prédio de coleções do Instituto Butantan, na zona oeste de São Paulo, no último sábado (15), o local não será aberto para visitas neste domingo (16). Segundo a assessoria de imprensa do local, na segunda as atividades voltam ao normal, exceto nos museus que costumam ficar fechados no primeiro dia útil da semana.
Nenhum trabalho de limpeza deve ser feito neste domingo. O local incendiado possuía mais de 70 mil espécies de vários animais catalogados e conservados em formol. A extensão real dos prejuízos só poderão ser calculadas ao longo da semana, depois que a área for periciada.
O departamento de 600 m² foi totalmente destruído na parte dos fundos. Os animais vivos que estavam alojados na área frontal do prédio foram salvos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio foi controlado e o rescaldo concluído por volta das 13h de sábado. A corporação encaminhou doze viaturas para o local e uma equipe composta de 30 homens.
O acervo de cobras, que é o maior do Brasil, foi o mais prejudicado. O sede do órgão foi construída em 1902.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros, Miguel Jodas, o incêndio se alastrou com intensidade em razão do material inflamável e objetos de estrutura metálica.
- Há uma grande quantidade de líquidos inflamáveis, como álcool, éter e formol, além de tinta e gazes, que provocam novos focos de fogo. Já retiramos material para que isso não aconteça.
O capitão também informou que, devido às proporções do incêndio e da estrutura do prédio, nem os helicópteros da corporação conseguiram ter acesso por vias aéreas.

Nota do instituto
Em nota oficial, o Instituto Butantan diz que irá aguardar a perícia técnica para saber as causas do incêndio. O comunicado também descarta “qualquer problema relacionado às instalações que possa ter originado o incêndio”.
De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, esteve pela manhã no órgão para solicitar um projeto de recuperação do prédio.

R7

Um comentário:

  1. sou biólogo e talvez por isso tenha ficado abalado quando soube dessa perda irreparável pra ciência. o prejuízo é incalculável, nunca mais haverá um acervo como o que havia. uma coisa me chama atenção e não foi comentado pela mídia: um local como esse deveria ter uma brigada de incêncio 24 hs por dia diariamente e, pelo visto, não tinha.

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