segunda-feira, 17 de maio de 2010

Delegacia arrombada em Salto reabre, mas sem uma porta



DP no interior de SP teve porta quebrada e sala desarrumada.
Comerciante teve bolsa roubada no local na semana passada.

O 1º Distrito Policial de Salto, no interior de São Paulo, invadido durante a madrugada desta segunda-feira (17) foi reaberto à tarde, mas sem uma das portas.
O local teve a porta da frente arrombada, os vidros quebrados e salas reviradas. A delegacia ficou fechada até o início da tarde para a realização de perícia da Polícia Técnico-Científica.
Para policiais civis de Salto, as pessoas que arrombaram e desarrumaram o 1º Distrito Policial da cidade cometeram o ato como represália a uma operação para prender criminosos que assaltaram uma mulher dentro da delegacia. O assalto ocorreu na quinta-feira (13) e a vítima, uma comerciante, teve sua bolsa com R$ 13,5 mil roubada.


Segundo um policial que não quis se identificar, aparentemente nada foi levado de dentro do DP, que funciona numa pequena casa situada no bairro Jardim das Nações. De acordo com outro investigador, que pediu anonimato por medo de punições, os criminosos quiseram “avisar a polícia sobre sua presença”.
O delegado-titular do 1º DP, Luciano Carneiro, estava nesta tarde em reunião com o delegado Moacir de Mendonça, titular do Distrito Policial Central da cidade, para discutir a ocorrência. Os delegados foram contatados, mas não quiseram dar entrevista.

Corregedoria
O 1º DP de Salto tornou-se conhecido na última semana por causa do assalto sofrido pela comerciante. Ela diz ter ido até a delegacia registrar queixa do seu celular que havia sido clonado, quando foi agredida e teve sua bolsa roubada. Segundo a mulher, dois escrivães que estavam no local viram tudo e ficaram estáticos, sem fazer nada para impedir o crime.
Um inquérito foi instaurado na 7ª Corregedoria Auxiliar de Sorocaba para apurar o caso. Em entrevista ao G1, na sexta-feira (14), a vítima disse que ainda procurava entender o que aconteceu. "Quem não se sentiria seguro dentro de uma delegacia? Qualquer um se sentiria”, desabafou a comerciante.

Paulo Toledo Piza



G1

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