domingo, 16 de maio de 2010

Pelo menos 289 crianças de até 6 anos vivem com as mães em presídios brasileiros


RIO - Pelo menos 289 crianças de até 6 anos vivem em cadeias no Brasil, dividindo celas com as mães e outras mulheres. A reportagem de Carolina Brígido publicada no GLOBO deste domingo mostra os resultados da pesquisa realizada pela assistente social Rosangela Santa Rita, funcionária do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ela relata que os filhos das detentas são submetidas às normas estritas da vida atrás das grades: hora para banho de sol, disciplina, comida sem sabor e dia certo para receber visitas.
A maior parte das crianças chegou às prisões no ventre da mãe e não foi apresentada à vida do lado de fora. Dos meninos e meninas que vivem assim, 58 ficam em celas comuns. Outras 107 ficam em creches e 124, em berçários - espaços improvisados dentro dos presídios para abrigar crianças com as mães. Segundo o estudo, 165 têm até 6 meses de idade e 102, entre 6 meses e 3 anos. Há ainda 22 crianças entre 3 e 6 anos.
A realidade é diferente em cada presídio brasileiro, mas não há regras na maioria dos estados. Em São Paulo, as mães presas podem ficar com os filhos só até eles completarem 4 meses. No Rio de Janeiro, o tempo máximo é de 6 meses. No Rio Grande do Sul, 3 anos. De acordo com a pesquisadora, não há espaços adequados para abrigar as crianças nos presídios. Faltam leitos, funcionários, assistência médica e educacional.

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