domingo, 7 de novembro de 2010

Encontradas gêmeas de 3 meses que teriam sido vendidas pela mãe em Alagoas


MACEIÓ - As bebês gêmeas de três meses que teriam sido vendidas por R$ 1.300 pela própria mãe foram encontradas pela polícia de Alagoas e entregues, no início da noite deste sábado, à Delegacia Regional de Arapiraca. As gêmeas foram levadas pelos advogados da mulher suspeita de ter comprado as crianças. De acordo com o delegado Gilson Rêgo, elas foram para o Conselho Tutelar de Arapiraca, já que o pai da criança, cujo nome não foi divulgado, não teria condições financeiras de criá-las.
Segundo o delegado, a mulher que recebeu as crianças negou ter pagado qualquer quantia em troca das meninas.
- Ela ficou abalada diante da repercussão e disse que a mãe é que insistiu para que ela ficasse com as bebês, porque iria abandoná-las de qualquer jeito - explicou o delegado, informando que a suspeita é uma professora universitária de 60 anos, residente em um apartamento da Ponta Verde, em Maceió. - Ela contou que não repassou nenhum dinheiro para ela, e que só pegou as crianças para ajudar - acrescentou.
A mãe das crianças, identificada como Maristerlina Santos Ferreira, de 28 anos, foi presa e transferida para a Casa de Custódia de Arapiraca. Já a professora não foi localizada.
- Só quem veio aqui foram os advogados. Vamos apurar para saber, de fato, o que aconteceu - completou o delegado, acrescentando que o caso correrá em segredo de Justiça.
Maristerlina Santos Ferreira foi presa na sexta-feira acusada de vender as duas filhas por R$ 1.300. Arrependida, ela teria procurado o pai das crianças, que buscou imediatamente a Delegacia Regional de Arapiraca para denunciar o caso.
As informações iniciais eram de que Maristerlina não queria mais cuidar das filhas e, por isso, teria falado com uma amiga, ainda não identificada, que se prontificou a encontrar alguém que ficasse com as crianças. A amiga de Maristerlina encontrou a compradora na sexta, que, segundo a própria mãe das meninas, pagou R$ 1.300. Mas, depois, Maristerlina desistiu do negócio.
De acordo com o coordenador da Casa de Custódia, Jorge Samuel, Maristerlina será autuada com base no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que determina a prisão ou reclusão de um a quatro anos de quem 'prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante pagamento ou recompensa'. Segundo a lei, a mesma pena vale para a professora universitária, caso seja confirmado que ela tenha repassado o valor à mãe das meninas.


O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.