sábado, 13 de novembro de 2010

Mortes por tuberculose diminuem no mundo

A tuberculose causada pelo bacilo de Koch é uma doença altamente contagiosa

A taxa de mortalidade por tuberculose teve uma queda de 35 por cento desde 1990, uma vez que em 2009 as mortes por esta doença caíram para 1,7 milhões – 4,7 mil mortes por dia – de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Num relatório divulgado na quinta-feira, o organismo destaca que se esta tendência continuar, em 2015 as mortes pela doença poderão ter-se reduzido para metade das taxas de 1990, valor que corresponde a um dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência da doença – número de novos casos num ano –, também pode ser reduzida em 2015 para metade das taxas registadas há 20 anos – outro dos Objectivos do Milénio relacionados com a tuberculose. A taxa de incidência da doença em 2009 foi de 137 casos por cada 100 mil habitantes, enquanto em 2004 se registaram 142 novos doentes por cada 100 mil pessoas.
A organização calcula que, em 2009, 9,4 milhões de pessoas contraíram a doença, das quais 7,6 milhões estavam concentradas em 22 países, principalmente de Ásia e África.
As maiores taxas de infectados estão entre os adultos mais jovens, enquanto as mulheres representaram, em 2009, cerca de um terço dos novos casos (3,3 milhões de doentes).
Do total de 1,7 milhões de mortes estimadas em 2009, 380 mil foram de mulheres, e dos 9,4 milhões de novos casos da doença registrados no ano passado, 1,1 milhões eram de pessoas seropositivas.
Entre 1995 e 2009, 41 milhões de infectados receberam um tratamento da OMS que salvou seis milhões de vidas, de acordo com a organização.
Segundo a entidade, são necessários 46,7 mil milhões de dólares até 2015 para evitar que mais de dez milhões de pessoas morram por causa da tuberculose.
Para uma gestão mais efectiva contra a doença, é necessário, entre outras medidas, investir em pesquisas mais precisas, especialmente nos países africanos.
A Europa também precisa melhorar certos aspectos, como a garantia de um tratamento mais adequado aos doentes e aumentar a capacidade dos seus laboratórios, realça a Organização Mundial da Saúde.


Jornal de Angola

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