Tribunal do Júri ouviu seis testemunhas do caso
Testemunha dos dois desaparecimentos de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, a amiga da jovem Milena Baroni Fontana prestou depoimento nesta quarta-feira (17) no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro como testemunha de acusação e defesa do atleta, acusado, com outros comparsas, de sequestrar e matar a jovem. Era na casa de Milena que Eliza estava quando no ano passado Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a raptaram para obrigá-la a tomar remédios que provocariam o aborto do bebê de cinco meses que ela esperava e afirmava ser do goleiro. Também foi Milena a última amiga com quem Eliza fez contato antes do desaparecimento, desta vez, definitivo. Ela viu Eliza ser agredida por Bruno em um quarto de hotel no Rio.
A amiga da vítima disse à juíza Elisabeth Louro que viu pessoalmente Bruno somente uma vez, quando a jovem estava no Rio, hospedada em um hotel da Barra, na zona oeste da capital. Eliza tinha acabado de conseguir escapar do sequestro de Bruno. Ele já a havia feito tomar abortivos, mas Eliza disse a Bruno que procuraria uma clínica porque, como já estava no quinto mês de gestação, os medicamentos não fariam efeito. Milena disse acreditar que somente assim Eliza escapou de Bruno. Nessa ocasião a ex-amante procurou a Delegacia da Mulher para denunciá-lo. Ao sair da polícia, Eliza também fez a denúncia ao jornal Extra em que falou da gravidez e do sequestro com tentativa de aborto.
- Ele chegou [ao hotel] e como a porta do quarto só estava encostada ele entrou e estava nervoso. Pegou o celular dela [Eliza] e disse que ela deveria ligar para o jornal e desfazer ‘aquela palhaçada’. Ele puxou o cabelo dela e a arremessou na cama.
Milena também disse que Eliza foi embora para São Paulo depois desse episódio. Ela afirmou à juíza que a amiga não trabalhava e contava com o apoio de outros amigos. Até a criança nascer, Eliza recebeu por alguns meses R$ 1.000 de Bruno, segundo Milena.
A testemunha mantinha contato por telefone com Eliza, inclusive depois do nascimento da criança. Milena lembra que no último telefonema de Eliza ela já estava hospedada em um flat da Barra e disse que Bruno prometeu levá-la para Minas para que ela ficasse perto da família dele. Milena achou que Eliza estivesse brincando.
- Achei que fosse somente um comentário. Mas, depois de duas semanas desse telefonema, a polícia me ligou falando que ela tinha sumido.
Além da amiga da vítima, também prestaram depoimento outras cinco testemunhas: a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, que diz ser noiva de Bruno, Fábio José Moraes, que alugou o flat onde Eliza estava quando sumiu, o delegado da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore, que investigou na capital o desaparecimento da jovem a pedido da Polícia Civil de Minas Gerais, e dois funcionários do condomínio Nova Barra, no Recreio, na zona oeste da capital, onde o goleiro morava.
Moraes afirmou à juíza que não teve contato com Bruno, somente com Eliza e Macarrão, que pagou as despesas do flat da jovem. Os funcionários do condomínio foram interrogados se viram Eliza e se lembravam o dia em que ela desapareceu. Ambos disseram que nunca viram a jovem no local e que conheciam somente Macarrão e Bruno “de vista”.
Ettore foi questionado pela juíza se recordava-se de algum fato relevante das investigações que fez sobre o desaparecimento de Eliza. O delegado disse não se lembrar de nada que pudesse acrescentar novo no caso.
Os depoimentos foram gravados e, de acordo com a juíza, devem ser enviados ainda nesta quarta-feira para a Justiça de Minas Gerais, que julgará o crime.
Testemunha dos dois desaparecimentos de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, a amiga da jovem Milena Baroni Fontana prestou depoimento nesta quarta-feira (17) no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro como testemunha de acusação e defesa do atleta, acusado, com outros comparsas, de sequestrar e matar a jovem. Era na casa de Milena que Eliza estava quando no ano passado Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, a raptaram para obrigá-la a tomar remédios que provocariam o aborto do bebê de cinco meses que ela esperava e afirmava ser do goleiro. Também foi Milena a última amiga com quem Eliza fez contato antes do desaparecimento, desta vez, definitivo. Ela viu Eliza ser agredida por Bruno em um quarto de hotel no Rio.
A amiga da vítima disse à juíza Elisabeth Louro que viu pessoalmente Bruno somente uma vez, quando a jovem estava no Rio, hospedada em um hotel da Barra, na zona oeste da capital. Eliza tinha acabado de conseguir escapar do sequestro de Bruno. Ele já a havia feito tomar abortivos, mas Eliza disse a Bruno que procuraria uma clínica porque, como já estava no quinto mês de gestação, os medicamentos não fariam efeito. Milena disse acreditar que somente assim Eliza escapou de Bruno. Nessa ocasião a ex-amante procurou a Delegacia da Mulher para denunciá-lo. Ao sair da polícia, Eliza também fez a denúncia ao jornal Extra em que falou da gravidez e do sequestro com tentativa de aborto.
- Ele chegou [ao hotel] e como a porta do quarto só estava encostada ele entrou e estava nervoso. Pegou o celular dela [Eliza] e disse que ela deveria ligar para o jornal e desfazer ‘aquela palhaçada’. Ele puxou o cabelo dela e a arremessou na cama.
Milena também disse que Eliza foi embora para São Paulo depois desse episódio. Ela afirmou à juíza que a amiga não trabalhava e contava com o apoio de outros amigos. Até a criança nascer, Eliza recebeu por alguns meses R$ 1.000 de Bruno, segundo Milena.
A testemunha mantinha contato por telefone com Eliza, inclusive depois do nascimento da criança. Milena lembra que no último telefonema de Eliza ela já estava hospedada em um flat da Barra e disse que Bruno prometeu levá-la para Minas para que ela ficasse perto da família dele. Milena achou que Eliza estivesse brincando.
- Achei que fosse somente um comentário. Mas, depois de duas semanas desse telefonema, a polícia me ligou falando que ela tinha sumido.
Além da amiga da vítima, também prestaram depoimento outras cinco testemunhas: a dentista Ingrid Calheiros Oliveira, que diz ser noiva de Bruno, Fábio José Moraes, que alugou o flat onde Eliza estava quando sumiu, o delegado da Divisão de Homicídios do Rio, Felipe Ettore, que investigou na capital o desaparecimento da jovem a pedido da Polícia Civil de Minas Gerais, e dois funcionários do condomínio Nova Barra, no Recreio, na zona oeste da capital, onde o goleiro morava.
Moraes afirmou à juíza que não teve contato com Bruno, somente com Eliza e Macarrão, que pagou as despesas do flat da jovem. Os funcionários do condomínio foram interrogados se viram Eliza e se lembravam o dia em que ela desapareceu. Ambos disseram que nunca viram a jovem no local e que conheciam somente Macarrão e Bruno “de vista”.
Ettore foi questionado pela juíza se recordava-se de algum fato relevante das investigações que fez sobre o desaparecimento de Eliza. O delegado disse não se lembrar de nada que pudesse acrescentar novo no caso.
Os depoimentos foram gravados e, de acordo com a juíza, devem ser enviados ainda nesta quarta-feira para a Justiça de Minas Gerais, que julgará o crime.
Carolina Farias
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