quarta-feira, 15 de julho de 2009

Avô de bebê ferido em maternidade de Florianópolis denuncia caso ao MP


FLORIANÓPOLIS - Nabor Prazeres, avô da recém-nascida que sofreu uma queimadura no braço na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, formalizou na manhã desta terça-feira a denúncia do caso ao Ministério Público. Na segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde determinou a abertura de uma sindicância para investigar o fato. A recém-nascida Isadora, que tem agora um mês de vida, está sendo tratada pela família em casa. A pomada para queimadura indicada pelos médicos custa R$ 39 e dura dois dias. O custo chega a quase R$ 600 por mês.
- Independente de qualquer causa que tenha sido, isso é responsabilidade do Estado, da Secretaria de Estado da Saúde. A responsabilidade é nossa, nós iremos assumir isso. Ela vai ter toda a atenção possível. Se houve algum gasto, esse gasto vai ter que ser ressarcido a essa família - disse o superintendente de Hospitais Públicos da Secretaria, Roberto Hess de Souza.
A Secretaria determinou ainda que seja feita uma nova revisão nos equipamentos da maternidade e uma avaliação nas condutas de enfermagem.
A diretora da maternidade, Elisa Brentano, apresentou uma nova versão para o caso. Na segunda-feira, Elisa disse que a queimadura podia ter ocorrido em um atrito durante o parto. Nesta manhã, afirmou que um tecido usado para cobrir crianças após o nascimento pode ter ferido o bebê e que a lesão não é queimadura de terceiro grau.
- Se por acaso houver uma dobra na confecção deste embrulho do bebê, pode eventualmente ter comprimido o bracinho do bebê - disse a diretora.
Segundo Elisa, obstetras afirmaram que não houve registro de casos desse tipo em partos. A diretora disse ainda que, no caso de Isadora, as bolhas no braço não foram causadas por calor ou substâncias químicas.



O Globo On Line

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