sábado, 17 de julho de 2010

Agrotóxico endossulfam será proibido no Brasil apenas em 2013


O agrotóxico endossulfam, considerado altamente tóxico, associado a problemas reprodutivos e no sistema endócrino, será banido do país somente a partir de 31 de julho de 2013. Uma comissão formada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Ministério da Agricultura e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou a decisão, durante uma reunião de quase nove horas.
O cronograma definido, no entanto, é mais longo do que o esperado por entidades relacionadas à defesa do meio ambiente e da saúde. Banido em 45 países, o endossulfam fazia parte de uma lista de 14 agrotóxicos submetidos à reavaliação pela Anvisa, por causa das suspeitas de estarem associados a problemas graves de saúde.
Ficou decidido que importações do produto serão proibidas a partir de 31 de julho de 2011. Depois disso, a produção nacional terá de sofrer uma redução gradativa até que, em julho de 2013, a venda e o uso do produto esteja totalmente proibido.
A decisão será enviada à Justiça, onde tramita um pedido liminar para cancelamento imediato do registro do produto. Já estava praticamente descartada a possibilidade de que a comissão tripartite determinasse a suspensão imediata do uso do endossulfam. No entanto, a expectativa era a de que o cronograma fosse mais ágil, com data final para proibição total em 2012.
O endossulfam, usado nos cultivos de algodão, cacau, café, cana-de-açúcar e soja, é o segundo da lista da Anvisa a ter seu destino decidido pela comissão. O primeiro foi a cihexatina, empregada na citricultura, cuja proibição está prevista para 2011. Até lá, seu uso é permitido apenas no estado de São Paulo. Além do endossulfam, outros dois produtos aguardam reunião da comissão tripartite para ter sua proibição avaliada: adefato e metamidofós.


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