sexta-feira, 16 de julho de 2010

Memória de pessoas com Alzheimer pode melhorar com insulina


Inalar insulina é o novo tratamento para melhorar a memória de pacientes com sintomas iniciais do mal de Alzheimer, de acordo com um estudo de cientistas americanos, divulgado nesta quarta-feira numa reunião da Associação de Alzheimer, em Honolulu.
Os pacientes experimentaram o novo método por quatro meses. Ao final do período, foram submetidos a exames durante dois meses e demonstraram melhora nos exames de recuperação da memória.
"Nós acreditamos que os resultados são muito promissores e podem ajudar estudos futuros", declarou Suzanne Craft, do VA Puget Sound Health Care System e da Universidade de Washington, em Seattle, que apresentou suas descobertas em Honolulu.
A doença de Alzheimer é uma deterioração sem cura do cérebro que afeta 26 milhões de pessoas no mundo todo. Os estudos apontaram baixos níveis de insulina no cérebro das pessoas com Alzheimer. O componente é essencial para a transmissão de impulsos nervosos entre as células cerebrais, necessário ao funcionamento do cérebro.
A equipe de Craft trabalhou para constatar os efeitos de levar insulina diretamente ao cérebro dos pacientes. Estudaram 109 indivíduos, não diabéticos, com doença de Alzheimer ou em estágio anterior, chamado comprometimento cognitivo leve.
Os pacientes que tomaram a menor dose de insulina apresentaram melhorias significativas em alguns testes de memória. Mas não se saiam bem quando os testes de memória eram combinados aos de aprendizagem ou a alguma habilidade para realizar atividades diárias.
O tratamento está longe de ser útil aos pacientes, conta Craft, mas os resultados são significativos o suficiente para serem estudados em grande escala.
As drogas atuais para o mal de Alzheimer apenas tratam os sintomas, mas nenhuma melhora a memória dos pacientes.

Helton Simões Gomes


eBAND

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