segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ex queria esconder corpo de Mércia, diz vigia em depoimento à polícia



'Sei onde colocar. Ninguém vai achar', teria dito Mizael, segundo Evandro.
Polícia quer pedir prisão preventiva dos dois suspeitos de matar advogada
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Depois de matar a advogada Mércia Nakashima, o ex-namorado dela, o também advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, queria esconder o corpo da vítima para que ninguém o achasse e assim pudesse sair impune, informou Evandro Bezerra Silva em depoimento a Polícia Civil de São Paulo. O crime ocorreu em 23 de maio numa represa em Nazaré Paulista, no interior do estado de SP.
“ ‘Não vai saber. Eu sei onde eu vou colocar. Ninguém vai achar, ninguém vai achar’”, teria dito Mizael, segundo depoimento de Evandro gravado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O vigilante está preso temporariamente em Guarulhos, na Grande SP, por ter faltado a um depoimento.
De acordo com o relato do vigilante, o objetivo de Mizael era o de dificultar as buscas. E conseguiu. O corpo de Mércia só foi localizado em 11 de junho, graças a uma denúncia feita por um pescador, que afirmou à polícia ter visto o carro da vítima afundar na represa 19 dias antes. O veículo foi achado submerso no dia 10 de junho.
Segundo a testemunha, um homem não identificado havia deixado o veículo e fugiu. Depois, gritos de mulher foram ouvidos enquanto o carro afundava na represa.

Ciúmes
Ainda, segundo Evandro, ciúmes motivaram o assassinato da advogada. De acordo com o vigia, Mizael desconfiava que Mércia o estivesse traindo com outro homem. Apesar de alegar que não ajudou o ex a matar a advogada, e que só foi buscar o colega na represa, o segurança foi indiciado pelo homicídio.
Mizael sempre negou o crime. Mesmo assim, teve a prisão decretada após o depoimento de Evandro. O principal suspeito pelo assassinato de Mércia é considerado foragido desde sábado (10). Segundo seu advogado, Samir Haddad Júnior, ele não vai se entregar. O defensor deve entrar nesta segunda-feira (12) com algum recurso na Justiça contra a decretação da prisão. “É ilegal”, disse o advogado.
O delegado Antonio de Olim, do DHPP, informou que irá indiciar Mizael, mesmo que ele não seja preso, pelo homicídio de Mércia. “Seu Mizael foi a pessoa que matou a Mércia”, disse Olim, que também quer pedir a prisão preventiva dos dois suspeitos do assassinato ainda nesta semana.


G1

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