quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chanceler iraniano diz que Sakineh deve ser apedrejada


RIO - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, que faz uma visita oficial a Madri, garantiu nesta terça-feira que "a Justiça não suspendeu o apedrejamento" de Sakineh Mohammadi Ashtiani. Depois de apoiar a pena, afirmando que é "um castigo imposto pela lei islâmica", o ministro se manifestou a favor de um "amplo debate" sobre a polêmica, mas quanto ao caso de Sakineh, de 43 anos e mãe de dois filhos, disse que "só havia ouvido falar na imprensa ocidental" sobre a comutação da condenação da mulher que teria cometido adultério .
Um abaixo-assinado na internet recolheu até a tarde de domingo mais de 45 mil assinaturas. Entre elas, o site destaca as de Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque e Caetano Veloso, além de personalidades como o escritor Salman Rushdie, o cantor Sting e os atores Catherine Zeta Jones e Michael Douglas.
Enquanto isso, Sajjad Ghaderzadeh, o filho mais velho de Sakineh disse por telefone ao jornal "El País": "A Suprema Corte aceitou revisar o caso da minha mãe, segundo me disseram alguns advogados". Ghaderzadeh explicou que o representante legal de sua mãe em Tabriz, Javid Kiyan, havia apresentado um novo recurso.
Na segunda-feira, a Anistia Internacional na Espanha entregou à embaixada do Irã em Madri cem mil assinaturas contra a execução da mulher. "Até o momento, ele não morreu a pedradas graças à participação e compromisso de milhares de pessoas. No entanto, a sentença de morte se mantém e ela pode ser executada a qualquer momento. No ano passado, ao menos três pessoas condenadas à morte por apedrejamento foram enforcadas", lembra a anistia em um comunicado. ( Movimento em defesa de iraniana condenada a apedrejamento reúne milhares de assinaturas )

Ministro defende Brasil e Turquia no Grupo de Viena
Num café da manhã com um pequeno grupo de jornalistas, Mottaki, considerado um moderado do regime iraniano, fez uma ataque contra os que não aceitaram os resultados das eleições presidenciais do dia 12 de junho do ano passado. O ministro disse ainda que muitos dos manifestantes detidos na época foram libertados, mas garantiu não saber quantos permanecem encarcerados.
O chanceler iraniano, que se reuniu na segunda-feira com o colega Miguel Ángel Moratinos, disse que o Brasil e a Turquia deveriam integrar o chamado Grupo de Viena, ao lado dos EUA, França, Rússia e a AIEA. O grupo pretende retomar neste segundo semestre as negociações sobre o programa nuclear de Teerã. Para ele, as novas sanções do Conselho de Segurança da ONU ao país são um "erro estratégico".


O Globo

Um comentário:

  1. Nesse momento onde se encontra "O CARA", aquele que se acha o dono do mundo, que não sai de dentro do avião para escarafunchar tudo que se passa no mundo todo?
    Não vai dar uma voltinha por lá e interceder por ela?
    Vai ficar calado?
    ESSA É A HORA DE DAR UM BOM PALPITE, CORRA LÁ!

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