BUENOS AIRES - Depois de catorze horas de debate, o Senado argentino aprovou na madrugada desta quinta-feira o casamento gay. A Argentina converteu-se assim no primeiro pais da America Latina e no décimo no mundo a legalizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
Desafiando uma onda de frio polar, uma multidão de manifestantes esperou em frente ao Congresso até as 4h06m da madrugada, quando o controvertido projeto de lei foi finalmente aprovado por 33 votos a favor e 27 contra. Houve três abstenções.
O texto já tinha sido aprovado, no mês passado, pela Câmara dos Deputados. O projeto depende, agora, da sanção da presidente Cristina Kirchner para virar lei. Mas ela já sinalizou que deverá sancionar a medida.
Manifestantes se enfrentaram em frente ao Congresso antes da votação
A população argentina ficou dividida. Enquanto os senadores debatiam, do lado de fora do Congresso dois grupos de manifestantes enfrentaram-se. Algumas dezenas de cristãos, com panos laranjas amarrados nos braços, ergueram uma imagem da Virgem e seus rosários enquanto oravam: "Santa Maria, mãe de Deus, rezai por nós pecadores".
Na mesma praça, separados por um cordão policial, representantes da comunidade gay e de organizações políticas que apoiam o governo ergueram suas bandeiras multicoloridas e cartazes contra a "ditadura clerical". Responderam as orações dos cristãos com cânticos: "Iglesia, vassura, voto la dictadura" (Igreja, lixo, votou a ditadura). O duelo durou atá que os cristãos, encurralados e atacados com cascas de laranja e ovos, abandonaram suas preces, acusando seus agressores de "intolerantes".
Desafiando uma onda de frio polar, uma multidão de manifestantes esperou em frente ao Congresso até as 4h06m da madrugada, quando o controvertido projeto de lei foi finalmente aprovado por 33 votos a favor e 27 contra. Houve três abstenções.
O texto já tinha sido aprovado, no mês passado, pela Câmara dos Deputados. O projeto depende, agora, da sanção da presidente Cristina Kirchner para virar lei. Mas ela já sinalizou que deverá sancionar a medida.
Manifestantes se enfrentaram em frente ao Congresso antes da votação
A população argentina ficou dividida. Enquanto os senadores debatiam, do lado de fora do Congresso dois grupos de manifestantes enfrentaram-se. Algumas dezenas de cristãos, com panos laranjas amarrados nos braços, ergueram uma imagem da Virgem e seus rosários enquanto oravam: "Santa Maria, mãe de Deus, rezai por nós pecadores".
Na mesma praça, separados por um cordão policial, representantes da comunidade gay e de organizações políticas que apoiam o governo ergueram suas bandeiras multicoloridas e cartazes contra a "ditadura clerical". Responderam as orações dos cristãos com cânticos: "Iglesia, vassura, voto la dictadura" (Igreja, lixo, votou a ditadura). O duelo durou atá que os cristãos, encurralados e atacados com cascas de laranja e ovos, abandonaram suas preces, acusando seus agressores de "intolerantes".
Medida é vista como bandeira para reforçar imagem progressita do casal K
Na véspera do debate, as Igrejas Católica e Evangélica já tinham realizado uma manifestação. Não foi a única mobilização. No domingo passado, sacerdotes de todo o país aproveitaram as missas para explicar a posição da Igreja: o matrimônio é uma união entre pessoas de sexo diferente para constituir uma família. No mesmo dia, o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Bergoglio, referiu-se ao casamento gay como um "ataque destrutivo ao plano de Deus".
A resposta do governo não tardou em chegar. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou a Igreja que, segundo ela, ainda vivia "nos tempos das Cruzadas" e não tinha conseguido acompanhar o progresso de uma sociedade argentina, cada vez mais liberal. Para Cristina e seu marido, o ex-presidente e deputado federal Nestor Kirchner, o casamento gay é, segundo analistas políticos, uma bandeira para reforçar a imagem de casal progressista, que já esta de olho na reeleição (dele ou dela) em 2011.
O Globo
Na véspera do debate, as Igrejas Católica e Evangélica já tinham realizado uma manifestação. Não foi a única mobilização. No domingo passado, sacerdotes de todo o país aproveitaram as missas para explicar a posição da Igreja: o matrimônio é uma união entre pessoas de sexo diferente para constituir uma família. No mesmo dia, o arcebispo de Buenos Aires, cardeal Jorge Bergoglio, referiu-se ao casamento gay como um "ataque destrutivo ao plano de Deus".
A resposta do governo não tardou em chegar. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou a Igreja que, segundo ela, ainda vivia "nos tempos das Cruzadas" e não tinha conseguido acompanhar o progresso de uma sociedade argentina, cada vez mais liberal. Para Cristina e seu marido, o ex-presidente e deputado federal Nestor Kirchner, o casamento gay é, segundo analistas políticos, uma bandeira para reforçar a imagem de casal progressista, que já esta de olho na reeleição (dele ou dela) em 2011.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário