segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Divulgadas fotos inéditas de índios isolados entre o Brasil e o Peru

Imagem mostra modo de vida de indígenas, que têm alguns instrumentos de metal, como facões, usam arco e flecha para se proteger e cultivam a mandioca. (Foto: Gleison Miranda/ Funai/ Survival/ Divulgação)

Imagens foram feitas no ano passado e publicadas pela primeira vez agora.
Segundo ONG e Funai, tribo está em área pressionada por madeireiros

A organização não governamental (ONG) Survival International, sedidada em Londres, na Inglaterra, divulgou nesta segunda-feira (31), imagens inéditas de indígenas isolados que habitam a região do Vale do Rio Envira, no Acre, na fronteira do Brasil com o Peru.
Segundo a Survival, que trabalha na defesa de povos ameaçados pelo mundo e lançou um site para mostrar as imagens dos índios em território brasileiro, as fotos foram cedidas a eles pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Funai informou que as imagens foram feitas no ano passado. Até agora, as fotografias ainda não tinham sido divulgadas.
De acordo com a ONG, a tribo fotografada é a mesma que foi registrada em 2008 pela primeira vez. Nas novas imagens divulgadas, foi possível chegar mais perto dos índios.
As imagens revelam "uma comunidade próspera e saudável com cestos cheios de mandioca e mamão fresco cultivados em suas roças", informou a ONG, em nota. Segundo a Survival, a tribo está em perigo por conta da pressão de madeireiros que atuam no Peru. "Autoridades brasileiras acreditam que o influxo de madeireiros está empurrando índios isolados do Peru para o Brasil".
De acordo com Ariovaldo José dos Santos, chefe substituto da Coordenação-Geral de Índios Isolados da Funai, os indígenas fotografados vivem em uma área sensível. "Eles não estão imunes da ocupação territorial. Os indícios de exploração de madeira e a prospecção de petróleo já são uma pressão exógena que de alguma forma se aproxima dos últimos refúgios onde vivem os indígenas isolados. Dependendo da proximidade, o risco pode ser iminente", diz ele.
"De tempos em tempos, temos que fazer o monitoramento para saber em que pé que está a situação e se os índios estão bem ou não", explica Santos.


G1

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