sábado, 5 de fevereiro de 2011

Assassinatos devolvem medo a moradores da Vila Cruzeiro


RIO - O clima nas comunidades do Complexo da Vila Cruzeiro, na Penha, é de apreensão. Desde que o local foi ocupado, no dia 25 de novembro de 2010, houve cinco homicídios na região, sendo que dois deles de pessoas sem envolvimento com o tráfico. Alguns moradores afirmam que elas foram assassinadas porque colaboraram com a polícia e com o Exército dando informações sobre os locais de esconderijos de drogas, armas e bandidos. A Divisão de Homicídios (DH) disse que ainda não há indícios de que elas foram executadas em represália.
Segundo a DH, as investigações sobre as mortes da dona de casa Maria da Penha dos Santos, de 47 anos, e de Mauro da Silva, de 46, já estão em fase final e apontam traficantes da Penha como autores dos assassinatos. De acordo com o laudo do IML, a primeira foi morta por um instrumento perfuro-contundente, como uma picareta. Ela foi executada no dia 26 de dezembro, na Vila Cruzeiro.

( Polícia já tem data e hora marcadas para ocupar nove favelas do Centro )

A outra vítima, Mauro da Silva, foi o primeiro a ser morto, em 19 de dezembro, por arma de fogo. Um outro homem assassinado na Vila Cruzeiro, no período da ocupação pelas Forças de Pacificação, foi Jonathan de Souza Cavalcanti, de 22 anos. A Divisão de Homicídios informou que ele tinha ligações com o tráfico de drogas e seu laudo cadavérico apontou que ele foi esfaqueado no pescoço.

Exército vê boato para desestabilizar pacificação
O comandante da Força de Pacificação, general de brigada Fernando Sardenberg, disse que todos os homicídios ocorridos na região do Alemão e da Penha têm sido comunicados à Polícia Civil:
- Não há nenhuma prova de que os moradores foram mortos porque ajudaram com informações. Trata-se de um boato para desestabilizar a Força de Pacificação. Sabemos que ainda há áreas em que as pessoas têm medo de denunciar. Por isso, temos o Disque Pacificação (0800-0217171) para que todos cooperem.
Há duas semanas, de acordo com o general Sardenberg, não há tiros nos dois complexos. Uma dona de casa, mãe de quatro filhos, confirma o fato:
- Tiro é uma palavra que não existe mais na Vila Cruzeiro.


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