sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Auxiliar de enfermagem que cortou dedo de menina de 1 ano em SP não será indiciada


SÃO PAULO - A auxiliar de enfermagem Maria de Fátima Custódio, 47 anos, acusada de decepar parte do dedo de uma menina de um ano no Hospital do Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo, não será indiciada. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi lavrado um termo circunstanciado, por lesão corporal culposa, e ela deve cumprir pena alternativa. A auxiliar de enfermagem foi afastada do cargo.
O acidente ocorreu no dia 30 de janeiro. Tiffany Luize de Oliveira Bahia teve a ponta do dedo mínimo da mão direita amputada.
A criança havia sido internada um dia antes para tratar de uma anemia e já tinha autorização, na manhã de domingo, para ir embora, quando o acidente aconteceu. Maria de Fátima tirou uma bandagem na mão da criança com uma tesoura de ponta.
O hospital disse que o correto seria a retirada com as mãos ou uma tesoura sem ponta. "Uma mulher que nos falou que ela havia cortado o dedo da menina. Ela ficou com aquela cara assustada e disse: 'pai, desculpa, eu não vi'", contou o pai da menina, David Bahia Príncipe.
O caso foi registrado na delegacia como lesão corporal não intencional e será investigado.
O Conselho Regional de Enfermagem afirmou que vai apurar o uso de tesoura inadequada e até uma possível sobrecarga de trabalho da auxiliar de enfermagem responsável pelo corte.
Segundo a entidade, entre 2005 e 2010, foram notificados 980 casos envolvendo profissionais de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem). Só em 2010, 250 casos chegaram ao Conselho, envolvendo 32 instituições de saúde. Dos casos notificados, 20 resultaram em danos definitivos e óbito.
O presidente do Coren-SP destacou que, a maior parte dos erros é por negligência ou por falta de atenção. De acordo com a entidade, cerca de 10% dos erros fatais são por falta de conhecimento.


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