quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Grávida resgatada em enchente na Serra do Rio encontra aposentado que a ajudou



O advogado assistiu à menina em trabalho de parto sendo resgatada pelo helicóptero da TV Globo e se emocionou com a história do recém-nascido, que tem o mesmo nome que ele.
Há um mês e meio, o Jornal Nacional mostrou o resgate de uma adolescente grávida na enchente que devastou a Região Serrana do Rio de Janeiro. Ela teve o filho pouco depois em um hospital. Nesta terça-feira (22), você vai ver como ela está e a ajuda preciosa que recebeu.
Ele é de Copacabana, no Rio. Ela vive em Teresópolis, na Região Serrana. Os dois nunca tinham se encontrado, até que em janeiro, o Jornal Nacional mostrou a história de Tainá, de 15 anos.
A jovem em trabalho de parto foi resgatada pelo helicóptero da Rede Globo, que conseguiu pousar em uma das áreas mais devastadas pelo temporal. “É o meu primeiro filho e já tem nome”, disse a jovem.
“E ela, incisivamente, ela disse: ‘É menino e o nome é Marcos André’”.
Era o mesmo nome do advogado aposentado Marco André Grechi: “E eu dizia aos berros em casa: ‘Xará, aguenta, aguenta, Deus é grande’. E eu chorava. No dia seguinte, quando eu vi a Tainá amamentando no hospital, eu botei na cabeça, eu disse: ‘Vou procurar esse garoto’”, conta o aposentado.
Foi ai que a instrumentadora cirúrgica Jomara entrou na história. O encontro foi inesperado: Marco André telefonava para hospitais em busca de informações sobre Tainá. Jomara tinha acabado de participar de uma cirurgia em uma unidade.
A recepcionista precisou deixar o balcão de atendimento por alguns minutos e ela atendeu a ligação do advogado aposentado.
“Era pra ligar pra saber onde tava a Tainá. Eu falei, ela não está aqui. Eu passei dez dias a procura dela. Aí foi um dia que eu consegui um celular, seu eu não me engano, da sogra dela”, conta a instrumentadora.
“Eu sai, comprei carrinho, comprei roupa, uma porção de coisa pra ele, comprei comida, foi a minha primeira sensação de ajuda”, conta o advogado aposentado.
Marco André virou um avô postiço do menino. Tainá e a família deixaram o abrigo e moram em uma casa com apenas um quarto.
“O importante é que a gente está unido. Eu me sinto muito feliz, porque meu filho não tinha nada, agora tem bastante. Só por Deus, eles são uns anjos”, diz a menina.
“Concretizei mais um sonho, de ajudar as pessoas como eu gosto. É esse daqui foi especial”, conta Marco André.


Jornal Nacional

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