Nova pesquisa mostra que químicos encontrados em garrafas plásticas e detergentes são responsáveis pelo aumento nos casos deformação no corpo dos animais e morte
As lagostas de Long Island Sound, região localizada em Connecticut, nos Estados Unidos, estão morrendo de uma enfermidade chamada de “doença da casca”. O problema, segundo Hans Laufer, pesquisador do Departamento de Biologia Molecular e Celular da Universidade de Connecticut, tem sido agravado pela ingestão dos químicos presentes em garrafas plásticas e detergentes, que foram encontrados nos oceanos ou dentro do estomago dos animais.
De acordo como Laufer, esses químicos interferem no funcionamento de hormônios. “São químicos, como o bisfenol A, que podem atrasar os padrões de formação da casca e interferir no seu desenvolvimento, levando a deformações no corpo, susceptibilidade à doenças e possível morte”, explica.
Laufer juntamente com outros 15 pesquisadores de instituições do Estado de New England apresentará nessa semana no 9th Annual Ronald C. Baird Sea Grant Science Symposium os resultados de uma pesquisa de 3 anos onde U$ 3 milhões foram investidos. O estudo examinou as causas da doença da casca e os fatores que contribuem na vulnerabilidade das lagostas à doença.
Durante a pesquisa, Laufer e seus colegas identificaram “hot spots” na região onde lagostas apresentam um alto nível de alquilfenóis – um grupo de químicos derivados de detergentes, tintas e plásticos – circulando nos corpos dos animais. A origem desses químicos vem da alimentação das lagostas e outros moluscos, que filtram os químicos da água. No oeste de Long Island Sound, metade das lagostas pesquisadas estava contaminada com químicos.
No laboratório, Laufer, também descobriu que níveis moderados de químicos podem dobrar o tempo que uma lagosta leva para desenvolver sua casca e criar uma casca mais dura. Durante esse período, a pele mais mole da lagosta está mais vulnerável a patógenos, como as bactérias que causam a doença da casca. Ao aumentar o período de vulnerabilidade, os químicos aumentam a chance das lagostas ficarem doentes.
Lauder disse que esses efeitos ocorrem provavelmente porque os químicos funcionam como certos hormônios. “os alquilfenóis, por exemplo, funcionam como hormônios juvenis que controlam o crescimento, a reprodução e o desenvolvimento.”
Químicos como os alquilfenóis chegam aos oceanos vindos principalmente de aterros de lixo e centros de tratamento de esgoto. Um milhão de toneladas de bisfenol são produzidos por ano e em torno de 60% acabam no oceano. Laufer disse que a única maneira de reduzir o impacto de químicos em seres vivos é a redução do uso de plásticos. “Plásticos estão em todos os lugares, mas reciclar é possível”, ele afirma. “Precisamos aumentar o reuso do plástico ao invés de jogá-lo fora e aumentar a utilização de outros produtos como o papelão e o vidro. Essa é uma grande ameaça à saúde humana assim como o tabaco,” afirmou o biólogo. “Muitas empresas estão dizendo que eles são seguros, mas eles não são.”
Além de ser uma preocupação para a indústria de pesca, Laufer também acredita que a contaminação é uma séria ameaça à saúde de seres humanos. Segundo ele, cerca de 90% da população americana está contaminada pelos alquifenóis. “O efeito de muitos químicos ainda é desconhecido, mas assim como são prejudiciais às lagostas, eles provavelmente são prejudiciais à saúde de humanos também.”
O Tao do Consumo
As lagostas de Long Island Sound, região localizada em Connecticut, nos Estados Unidos, estão morrendo de uma enfermidade chamada de “doença da casca”. O problema, segundo Hans Laufer, pesquisador do Departamento de Biologia Molecular e Celular da Universidade de Connecticut, tem sido agravado pela ingestão dos químicos presentes em garrafas plásticas e detergentes, que foram encontrados nos oceanos ou dentro do estomago dos animais.
De acordo como Laufer, esses químicos interferem no funcionamento de hormônios. “São químicos, como o bisfenol A, que podem atrasar os padrões de formação da casca e interferir no seu desenvolvimento, levando a deformações no corpo, susceptibilidade à doenças e possível morte”, explica.
Laufer juntamente com outros 15 pesquisadores de instituições do Estado de New England apresentará nessa semana no 9th Annual Ronald C. Baird Sea Grant Science Symposium os resultados de uma pesquisa de 3 anos onde U$ 3 milhões foram investidos. O estudo examinou as causas da doença da casca e os fatores que contribuem na vulnerabilidade das lagostas à doença.
Durante a pesquisa, Laufer e seus colegas identificaram “hot spots” na região onde lagostas apresentam um alto nível de alquilfenóis – um grupo de químicos derivados de detergentes, tintas e plásticos – circulando nos corpos dos animais. A origem desses químicos vem da alimentação das lagostas e outros moluscos, que filtram os químicos da água. No oeste de Long Island Sound, metade das lagostas pesquisadas estava contaminada com químicos.
No laboratório, Laufer, também descobriu que níveis moderados de químicos podem dobrar o tempo que uma lagosta leva para desenvolver sua casca e criar uma casca mais dura. Durante esse período, a pele mais mole da lagosta está mais vulnerável a patógenos, como as bactérias que causam a doença da casca. Ao aumentar o período de vulnerabilidade, os químicos aumentam a chance das lagostas ficarem doentes.
Lauder disse que esses efeitos ocorrem provavelmente porque os químicos funcionam como certos hormônios. “os alquilfenóis, por exemplo, funcionam como hormônios juvenis que controlam o crescimento, a reprodução e o desenvolvimento.”
Químicos como os alquilfenóis chegam aos oceanos vindos principalmente de aterros de lixo e centros de tratamento de esgoto. Um milhão de toneladas de bisfenol são produzidos por ano e em torno de 60% acabam no oceano. Laufer disse que a única maneira de reduzir o impacto de químicos em seres vivos é a redução do uso de plásticos. “Plásticos estão em todos os lugares, mas reciclar é possível”, ele afirma. “Precisamos aumentar o reuso do plástico ao invés de jogá-lo fora e aumentar a utilização de outros produtos como o papelão e o vidro. Essa é uma grande ameaça à saúde humana assim como o tabaco,” afirmou o biólogo. “Muitas empresas estão dizendo que eles são seguros, mas eles não são.”
Além de ser uma preocupação para a indústria de pesca, Laufer também acredita que a contaminação é uma séria ameaça à saúde de seres humanos. Segundo ele, cerca de 90% da população americana está contaminada pelos alquifenóis. “O efeito de muitos químicos ainda é desconhecido, mas assim como são prejudiciais às lagostas, eles provavelmente são prejudiciais à saúde de humanos também.”
O Tao do Consumo
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