sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Polícia pede prisão de suspeito de balear alunos da FGV em bar de SP


O homem foi reconhecido por uma das testemunhas; moto foi apreendida.
Um dos estudantes morreu e outro ficou gravemente ferido.


A polícia pediu na tarde desta sexta-feira (25) a prisão temporária de um suspeito de balear dois alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em um bar no Centro de São Paulo na noite de quarta. O homem foi localizado em Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo. Um dos estudantes morreu e outro ficou gravemente ferido.
O homem foi reconhecido por uma das testemunhas do crime. A moto do suspeito foi apreendida, já que testemunhas confirmaram que o modelo é o mesmo usado no dia do crime. Computador e roupas do suspeito também foram recolhidos. A polícia aguarda agora a decisão da Justiça.
De acordo com o delegado seccional Kleber Altale, "vários indícios que o apontam como um dos suspeitos" justificaram o pedido de prisão temporária. "São argumentos suficientes para fazer o pedido da prisão à Justiça. O suspeito nega (participação no crime), mas cabe à polícia mostrar o contrário", completou.
Ele disse que o suspeito é funcionário público - trabalha em uma autarquia municipal - e que não tem antecedentes criminais. Segundo o delegado seccional, a polícia chegou até o suspeito por meio de uma denúncia. A motivação do crime continua sendo investigada.
O delegado Paulo Afonso Tucci, titular do 4º DP, da Consolação, no Centro de São Paulo, disse que uma das vítimas, o estudante Christopher Akiocha Tominaga, de 23 anos, que está internado no Hospital das Clínicas desde o ocorrido, foi ouvido formalmente nesta sexta-feira pela polícia. "Ele ofereceu alguns dados importantes, que vão ajudar nas investigações. As testemunhas já foram ouvidas e agora faltam as provas periciais", declarou Tucci.
Os estudantes estavam no bar com amigos quando os criminosos atiraram. Julio Cesar Grimm Bakri, de 22 anos, foi morto no atentado. Todas as testemunhas que já prestaram depoimento disseram que a vítima e o amigo que ficou gravemente ferido não tinham inimigos.
A polícia voltou à cena do crime na tarde desta sexta. Investigadores conversaram com o dono do bar e pegaram uma fita com imagens feitas por câmeras de um outro prédio vizinho ao bar.
Para a polícia, o crime foi encomendado. As câmeras de segurança de um prédio, na Avenida Nove de Julho, na região central da capital, gravaram a chegada dos criminosos ao bar onde os estudantes foram baleados. Imagens mostram que uma moto passa na rua. Em seguida, dois homens se aproximam de capacete, param em frente às mesas, como se estivessem procurando os alvos, e partem para o ataque.
Na manhã desta sexta-feira no Crematório da Vila Alpina, na Zona Leste, aconteceu a cerimônia de cremação do corpo do estudante. O amigo dele, que levou quatro tiros, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas em estado grave. Ele está consciente e respira sem ajuda de aparelhos.


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