A americana Carolyn Savage já havia passado por 20 ciclos de estímulo ovariano, quatro abortos espontâneos e quatro ciclos de fertilização in vitro (FIV), quando ela finalmente ouviu a notícia que estava esperando em 2009: ela estava grávida. Só que o bebê não era dela.
A clínica havia cometido um erro e transferido embriões que pertenciam a outro casal.
O drama que Carolyn e o marido, Sean Savage, viveram a partir daí é contado em detalhes no livro Inconceivable: A Medical Mistake, the Baby We Couldn't Keep, and Our Choice to Deliver the Ultimate Gift (Inconcebível: Um Erro Médico, o Bebê com que Não Pudemos Ficar, e Nossa Escolha de Oferecer o Maior Presente de Todos, em tradução livre), da editora HarperOne.
Após o choque inicial, os Savage decidiram seguir com a gestação e entregar o bebê para os pais biológicos. Apesar disso, Carolyn, de 41 anos, diz que pensa toda noite no menino, hoje com um ano e meio, e que tem sonhos e esperanças para seu futuro.
Maratona de fertilidade
Muitos leitores talvez se surpreendam com a segunda página do livro, em que os Savage contam que já têm três filhos e afirmam que se o tratamento não funcionasse daquela vez, no quarto ciclo de FIV, "Nós iríamos agradecer a Deus por nossos três filhos lindos e saudáveis e seguir em frente".
Carolyn, diretora de uma escola primária, e Sean, funcionário de uma empresa de serviços financeiros, já tinham dois filhos adolescentes, concebidos naturalmente, e uma menina, então com um ano, concebida através de FIV. Mas eles sempre sonharam em ter uma grande família e queriam mais uma criança.
Quando Sean contou à esposa sobre o erro a clínica, ela ficou incrédula.
"Um dos meus primeiros pensamentos foi sobre a outra mãe. E, meu Deus, sobre como seria receber aquela notícia de que o seu embrião está dentro de uma estranha. Não havia nenhuma possibilidade de eu tirar isso de outra pessoa. Nós não faríamos isso", disse Carolyn.
"Eu sabia que eu ia dar à luz um bebê que iria sair do hospital com outra família. Como eu podia sobreviver a uma coisa dessas?"
Nos nove meses seguintes, o casal teve de enfrentar decisões difíceis, a suposta falta de consideração dos pais biológicos, a resposta inadequada da clínica de fertilidade e a condenação da Igreja Católica, da qual eles fazem parte.
Investigação
No livro, o casal conta como a troca de embriões ocorreu. A outra mulher envolvida no caso, Shannon Morell, havia dado seu sobrenome de solteira, Savage, na hora de se registrar na clínica de fertilidade.
As fichas médicas das duas pacientes foram trocadas e o embrião errado, transferido para o útero de Carolyn. O erro só foi descoberto por causa de um outro pequeno problema, sem qualquer relação com os embriões.
O ano de nascimento de Carolyn estava errado em sua pulseirinha do hospital. Após a transferência de embriões, um técnico foi checar a informação em sua ficha e acabou descobrindo a confusão com os dados das duas mulheres.
Risco
Carolyn diz que a cada vez que se via grávida no espelho, tinha um momento de felicidade e outro de tristeza, ao lembrar que aquele bebê não era seu.
Ela também teve de lidar com o medo de que alguma coisa desse errado, já que enfrentou sérios problemas de saúde durante duas de suas gestações anteriores.
Além disso, ainda durante a gravidez, o casal Savage decidiu implantar seus últimos embriões congelados usando uma mãe de aluguel.
Nascimento
Quando o bebê fruto da troca de embriões nasceu, a família Savage teve alguns momentos com ele e depois entregou o recém-nascido ao casal Morell, que estava junto havia sete anos e já tinha meninas gêmeas concebidas por FIV. Eles escolheram o nome Logan e decidiram que Savage seria seu nome do meio.
Uma semana depois do nascimento, a mãe de aluguel grávida com o último embrião dos Savage sofreu um aborto espontâneo.
Apesar de um início de relacionamento difícil entre os dois casais envolvidos na troca de embriões, sempre com a mediação de advogados, hoje eles teriam uma relação boa e os Savage tiveram a oportunidade de ver Logan outras vezes.
"Foi incrível ajudar essa criança a vir ao mundo. Nós não vamos poder criá-lo, mas ele tem a oportunidade de viver", disse Sean.
O casal acabou chegando a um acordo de indenização com a clínica de fertilidade. Parte desse dinheiro, juntamente com o lucro proveniente da venda do livro, serão doados para caridade.
A clínica havia cometido um erro e transferido embriões que pertenciam a outro casal.
O drama que Carolyn e o marido, Sean Savage, viveram a partir daí é contado em detalhes no livro Inconceivable: A Medical Mistake, the Baby We Couldn't Keep, and Our Choice to Deliver the Ultimate Gift (Inconcebível: Um Erro Médico, o Bebê com que Não Pudemos Ficar, e Nossa Escolha de Oferecer o Maior Presente de Todos, em tradução livre), da editora HarperOne.
Após o choque inicial, os Savage decidiram seguir com a gestação e entregar o bebê para os pais biológicos. Apesar disso, Carolyn, de 41 anos, diz que pensa toda noite no menino, hoje com um ano e meio, e que tem sonhos e esperanças para seu futuro.
Maratona de fertilidade
Muitos leitores talvez se surpreendam com a segunda página do livro, em que os Savage contam que já têm três filhos e afirmam que se o tratamento não funcionasse daquela vez, no quarto ciclo de FIV, "Nós iríamos agradecer a Deus por nossos três filhos lindos e saudáveis e seguir em frente".
Carolyn, diretora de uma escola primária, e Sean, funcionário de uma empresa de serviços financeiros, já tinham dois filhos adolescentes, concebidos naturalmente, e uma menina, então com um ano, concebida através de FIV. Mas eles sempre sonharam em ter uma grande família e queriam mais uma criança.
Quando Sean contou à esposa sobre o erro a clínica, ela ficou incrédula.
"Um dos meus primeiros pensamentos foi sobre a outra mãe. E, meu Deus, sobre como seria receber aquela notícia de que o seu embrião está dentro de uma estranha. Não havia nenhuma possibilidade de eu tirar isso de outra pessoa. Nós não faríamos isso", disse Carolyn.
"Eu sabia que eu ia dar à luz um bebê que iria sair do hospital com outra família. Como eu podia sobreviver a uma coisa dessas?"
Nos nove meses seguintes, o casal teve de enfrentar decisões difíceis, a suposta falta de consideração dos pais biológicos, a resposta inadequada da clínica de fertilidade e a condenação da Igreja Católica, da qual eles fazem parte.
Investigação
No livro, o casal conta como a troca de embriões ocorreu. A outra mulher envolvida no caso, Shannon Morell, havia dado seu sobrenome de solteira, Savage, na hora de se registrar na clínica de fertilidade.
As fichas médicas das duas pacientes foram trocadas e o embrião errado, transferido para o útero de Carolyn. O erro só foi descoberto por causa de um outro pequeno problema, sem qualquer relação com os embriões.
O ano de nascimento de Carolyn estava errado em sua pulseirinha do hospital. Após a transferência de embriões, um técnico foi checar a informação em sua ficha e acabou descobrindo a confusão com os dados das duas mulheres.
Risco
Carolyn diz que a cada vez que se via grávida no espelho, tinha um momento de felicidade e outro de tristeza, ao lembrar que aquele bebê não era seu.
Ela também teve de lidar com o medo de que alguma coisa desse errado, já que enfrentou sérios problemas de saúde durante duas de suas gestações anteriores.
Além disso, ainda durante a gravidez, o casal Savage decidiu implantar seus últimos embriões congelados usando uma mãe de aluguel.
Nascimento
Quando o bebê fruto da troca de embriões nasceu, a família Savage teve alguns momentos com ele e depois entregou o recém-nascido ao casal Morell, que estava junto havia sete anos e já tinha meninas gêmeas concebidas por FIV. Eles escolheram o nome Logan e decidiram que Savage seria seu nome do meio.
Uma semana depois do nascimento, a mãe de aluguel grávida com o último embrião dos Savage sofreu um aborto espontâneo.
Apesar de um início de relacionamento difícil entre os dois casais envolvidos na troca de embriões, sempre com a mediação de advogados, hoje eles teriam uma relação boa e os Savage tiveram a oportunidade de ver Logan outras vezes.
"Foi incrível ajudar essa criança a vir ao mundo. Nós não vamos poder criá-lo, mas ele tem a oportunidade de viver", disse Sean.
O casal acabou chegando a um acordo de indenização com a clínica de fertilidade. Parte desse dinheiro, juntamente com o lucro proveniente da venda do livro, serão doados para caridade.
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