sábado, 19 de março de 2011

MG: Perícia aponta excesso de monóxido de carbono em corpos de casal morto em pousada


BELO HORIZONTE - A Polícia Civil informou, por meio de nota neste sábado, que um laudo do exame de dosagem de monóxido de carbono realizado nos corpos de Alessandra Paolinelli, 22 anos, e Gustavo Ribeiro, 23, encontrados mortos em uma pousada de luxo, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, identificou uma dosagem acima do tolerável.
O resultado indicou a presença de carboxihemoglobina na concentração de 62%, em Alessandra, e de 68%, em Ribeiro. Este elemento indica a intoxicação por monóxido de carbono. A exposição, por mais de uma hora, a níveis acima de 60%, de acordo com a perícia, leva a morte rápida.
Exames toxicológicos complementares ainda estão sendo processados. A polícia espera o resultado da perícia feita no local pela equipe de engenharia legal para esclarecer o caso.
O diretor do Instituto de Criminalística, Sérgio Márcio Costa Ribeiro, disse que o carboxihemoglobina é a união do monóxido de carbono com a hemoglobina do sangue, que impede o transporte do oxigênio pelo sangue, provocando a morte. A ingestão do monóxido de carbono também provoca sonolência, de acordo com o perito.
A família de Gustavo Ribeiro não acredita que a causa da morte tenha sido suicídio, como chegou a ser cogitado pela polícia . Ele e a namorada, Alessandra Paolinelli, tinham viajado para comemorar um ano de namoro. Um primo do jovem disse que a família acredita que os dois tenham sido intoxicados por um alimento ou pelo vinho que tomaram no hotel. A lareira do chalé também está sendo considerada uma possível fonte de intoxicação. A queima da lenha também libera o monóxido e os estudantes podem ter morrido intoxicados enquanto dormiam no chalé, com as janelas fechadas. A hipótese de um vazamento de gás também é considerada.
- Todos começam a falar esse negócio de suicídio, de pacto de morte, e isso é impossível. Tanto a minha família como a família dela conhece o casal muito bem e não tem nada disso. Impossível realmente de ser. Eles eram super animados. Era impossível o Gustavo cometer suicídio ou ser capaz de matar uma moça. Estava feliz, cheio de projetos de vida - disse o primo, que não quis se identificar.
A Polícia Civil trabalha com algumas hipóteses para as mortes. Entre elas, a que os dois tenham feito um pacto de morte. A outra hipótese é que Ribeiro tenha matado Alessandra e se suicidado em seguida. A possibilidade de uma terceira pessoa dentro do quarto, que estava trancado por dentro quando a polícia chegou, foi descartada. Os corpos não tinham sinais de violência.


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