Elas aliaram determinação e maturidade e retomaram o antigo sonho do sucesso profissional, adiado por causa das obrigações da vida doméstica; veja dicas de consultor sobre como obter sucesso profissional e pessoal
Para muitas mulheres que chegaram à vida adulta no final dos anos 70 do século passado - portanto, há mais de 30 anos - os papéis de esposa e de mãe vieram bem antes da realização profissional. A vida doméstica adiou o sonho de muitas delas, mas, com determinação, foi possível voltar à sala de aula e recuperar antigas aspirações.
Ser uma escultora era o que Margarida Vasconcelos (foto 1) queria, desde a juventude. Por orientação dos pais, ela fez faculdade de pedagogia, mas nunca trabalhou na área. Veio o casamento e nasceram as filhas. Foi preciso saber esperar pelo momento certo de se dedicar à arte.
“Acho que cada coisa acontece no seu tempo. Então todos os tempos eu estive feliz, criei minhas filhas, que era uma realização minha como mulher. Fui mãe, esposa, que também era um desejo. Agora sou mãe, esposa, e, além disso, faço mais uma coisa que me dá prazer”, conta Margarida.
Depois que as duas filhas se formaram, Margarida achou que estava na hora de fazer um curso superior para se dedicar à arte: mas, primeiro, teve que enfrentar a luta contra um câncer de mama.
“Ela tinha sessões de quimioterapia, então, para ela conseguir ir para a aula era muito complicado. Era uma luta em cima de idade, em cima do câncer, e hoje ela está aí, quase para se formar”, diz a turismóloga e filha de Margarida, Danielle Vasconcelos.
Hoje, ela está no fim do curso de artes plásticas e pretende montar um ateliê. Para isso, tem o apoio do marido que reconhece as vitórias das mulheres na luta pela igualdade. “Eu trabalhei com homens e mulheres, e acho que deve ser um trabalho igualitário, não deve haver diferença”, diz representante comercial e marido de Margarida, Emanuel Vasconcelos.
Aos 65 anos de idade, Naide de Oliveira Nóbrega redescobriu o entusiasmo de quem quer estudar e aprender algo novo. Uma vontade que ela guardou por mais de 40 anos, quando deixou a faculdade de ciências contábeis sem concluir o curso. O casamento e a criação dos filhos exigiram dedicação exclusiva.
“Na época, existia um machismo muito maior que hoje. A mulher era crida para ser dona de casa. Eu não me arrependi, mas eu lamentei não ter concluído o curso superior. Eu tinha uma pequena mágoa, pois meu marido tinha doutorado, minhas filhas eram formadas, e eu não tinha um curso superior, e isso me incomodava”, conta Naide.
Depois que ficou viúva e com os filhos todos formados, dona Naide percebeu que era o momento de voltar à faculdade. Encontrou na neta mais velha, Roseane da Silva, uma companheira de estudos. A avó passou no vestibular para o curso de turismo e viveu intensamente os anos de universitária.
“Foram anos muito bons. No primeiro dia, eu fiquei sem saber o que eu ia encontrar. Encontrei diversas tribos na minha sala, mas vi que a mais diferente era eu. Então eu resolvi que ia me adequar. Entrei na turma com o coração aberto, eles me receberam, e hoje em dia tenho amigos, filhos, sobrinhos...”, diz a turismóloga.
Dona Naide concluiu o curso antes de Roseane: um momento comemorado por toda a família. A jovem está no último ano e não tem pressa de formar uma nova família. O exemplo da avó serve de estímulo. “A idade que ela tem e ter encarado numa boa a faculdade, convivendo com pessoas de várias idades. Ela é um exemplo de vida”, diz a estudante.
De acordo com o consultor e escritor Roberto Shinyashiky, o mais importante para conseguir o sucesso profissional e pessoal é ter um objetivo definido. Há 30 anos, Shinyashiky percorre o mundo orientando pessoas e já publicou 17 livros sobre o tema. Ele afirma que 93% das pessoas que procuram e correm atrás conseguem realizar suas metas.
“Não pode desistir. Muitas pessoas dizem que fracassaram, mas não, na verdade eles desistiram antes de conseguir. Se você decidiu mudar, não voltar atrás. A dica é procurar um jeito de estudar, praticar, quando mais você faz, mais perfeito fica seu desempenho”, diz o consultor.
Ele conta que um dos fatores que favorecem essa volta de pessoas adultas aos estudos foi o aumento da expectativa de vida. “Antigamente uma pessoa com 50 anos já podia ser considerava velha. Hoje, quem tem 50 anos pode exercer uma faculdade por 20 anos. Então é importante cuidar da saúde física, estimular o cérebro e ter uma dimensão psicológica”, diz Shinyashiky.
“Quem tem 50, 60 anos, tem que lutar mesmo, ir para a batalha. Não só por causa do dinheiro, mas pela necessidade de transformar o mundo. O Brasil tem violência, tem desemprego, então nós precisamos mudar isso, temos muita coisa para fazer ainda, não dá tempo para eu me sentir velho”, conclui o escritor.
Para muitas mulheres que chegaram à vida adulta no final dos anos 70 do século passado - portanto, há mais de 30 anos - os papéis de esposa e de mãe vieram bem antes da realização profissional. A vida doméstica adiou o sonho de muitas delas, mas, com determinação, foi possível voltar à sala de aula e recuperar antigas aspirações.
Ser uma escultora era o que Margarida Vasconcelos (foto 1) queria, desde a juventude. Por orientação dos pais, ela fez faculdade de pedagogia, mas nunca trabalhou na área. Veio o casamento e nasceram as filhas. Foi preciso saber esperar pelo momento certo de se dedicar à arte.
“Acho que cada coisa acontece no seu tempo. Então todos os tempos eu estive feliz, criei minhas filhas, que era uma realização minha como mulher. Fui mãe, esposa, que também era um desejo. Agora sou mãe, esposa, e, além disso, faço mais uma coisa que me dá prazer”, conta Margarida.
Depois que as duas filhas se formaram, Margarida achou que estava na hora de fazer um curso superior para se dedicar à arte: mas, primeiro, teve que enfrentar a luta contra um câncer de mama.
“Ela tinha sessões de quimioterapia, então, para ela conseguir ir para a aula era muito complicado. Era uma luta em cima de idade, em cima do câncer, e hoje ela está aí, quase para se formar”, diz a turismóloga e filha de Margarida, Danielle Vasconcelos.
Hoje, ela está no fim do curso de artes plásticas e pretende montar um ateliê. Para isso, tem o apoio do marido que reconhece as vitórias das mulheres na luta pela igualdade. “Eu trabalhei com homens e mulheres, e acho que deve ser um trabalho igualitário, não deve haver diferença”, diz representante comercial e marido de Margarida, Emanuel Vasconcelos.
Aos 65 anos de idade, Naide de Oliveira Nóbrega redescobriu o entusiasmo de quem quer estudar e aprender algo novo. Uma vontade que ela guardou por mais de 40 anos, quando deixou a faculdade de ciências contábeis sem concluir o curso. O casamento e a criação dos filhos exigiram dedicação exclusiva.
“Na época, existia um machismo muito maior que hoje. A mulher era crida para ser dona de casa. Eu não me arrependi, mas eu lamentei não ter concluído o curso superior. Eu tinha uma pequena mágoa, pois meu marido tinha doutorado, minhas filhas eram formadas, e eu não tinha um curso superior, e isso me incomodava”, conta Naide.
Depois que ficou viúva e com os filhos todos formados, dona Naide percebeu que era o momento de voltar à faculdade. Encontrou na neta mais velha, Roseane da Silva, uma companheira de estudos. A avó passou no vestibular para o curso de turismo e viveu intensamente os anos de universitária.
“Foram anos muito bons. No primeiro dia, eu fiquei sem saber o que eu ia encontrar. Encontrei diversas tribos na minha sala, mas vi que a mais diferente era eu. Então eu resolvi que ia me adequar. Entrei na turma com o coração aberto, eles me receberam, e hoje em dia tenho amigos, filhos, sobrinhos...”, diz a turismóloga.
Dona Naide concluiu o curso antes de Roseane: um momento comemorado por toda a família. A jovem está no último ano e não tem pressa de formar uma nova família. O exemplo da avó serve de estímulo. “A idade que ela tem e ter encarado numa boa a faculdade, convivendo com pessoas de várias idades. Ela é um exemplo de vida”, diz a estudante.
De acordo com o consultor e escritor Roberto Shinyashiky, o mais importante para conseguir o sucesso profissional e pessoal é ter um objetivo definido. Há 30 anos, Shinyashiky percorre o mundo orientando pessoas e já publicou 17 livros sobre o tema. Ele afirma que 93% das pessoas que procuram e correm atrás conseguem realizar suas metas.
“Não pode desistir. Muitas pessoas dizem que fracassaram, mas não, na verdade eles desistiram antes de conseguir. Se você decidiu mudar, não voltar atrás. A dica é procurar um jeito de estudar, praticar, quando mais você faz, mais perfeito fica seu desempenho”, diz o consultor.
Ele conta que um dos fatores que favorecem essa volta de pessoas adultas aos estudos foi o aumento da expectativa de vida. “Antigamente uma pessoa com 50 anos já podia ser considerava velha. Hoje, quem tem 50 anos pode exercer uma faculdade por 20 anos. Então é importante cuidar da saúde física, estimular o cérebro e ter uma dimensão psicológica”, diz Shinyashiky.
“Quem tem 50, 60 anos, tem que lutar mesmo, ir para a batalha. Não só por causa do dinheiro, mas pela necessidade de transformar o mundo. O Brasil tem violência, tem desemprego, então nós precisamos mudar isso, temos muita coisa para fazer ainda, não dá tempo para eu me sentir velho”, conclui o escritor.
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