quarta-feira, 16 de março de 2011

Márcio Costa apresenta laudo que dá resultado negativo para uso de drogas


Marido de Verônica Costa fez exame em um laboratório particular.
Ele acusa funkeira de tortura; ela diz que Márcio estava sob efeito de drogas.

O marido da funkeira Verônica Costa, Márcio Costa, apresentou na tarde desta terça-feira (15) um laudo que mostra resultado negativo para indícios de maconha e cocaína em seu sangue. O laudo, que é de um laboratório particular, foi mostrado à imprensa por Márcio na sua chegada à 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Zona Oeste do Rio. Ele acusa a mulher de tortura e agressão. A funkeira nega e o acusa de ter chegado já machucado em casa, sob o efeito de drogas.
"O exame é um instrumento de defesa do acusado e ele não pode ser obrigado a fazer na polícia. Como ele apresentou exame espontaneamente isso deve ser considerado e anexado aos autos", afirmou o delegado Antônio Bertrand, titular da 42ª DP, explicando por que Márcio não fez o exame no Instituto Médico Legal (IML).
O delegado disse ainda que vai analisar todos os depoimentos que, segundo ele, são contraditórios, e avalia a possibilidade de fazer uma acareação entre Márcio e Verônica Costa. Além disso, o titular da 42ª DP informou que Márcio Costa ainda será submetido a exames complementares para avaliar a gravidade de suas lesões.
"Com esse laudo fica provado que o que a Verônica falou é mentira. Nunca me droguei, nunca fui dependente químico", disse Márcio, ao deixar a delegacia, após entregar o resultado do exame toxicológico ao delegado responsável pelo caso.
Ao saber do resultado do exame apresentado por Márcio na delegacia, Verônica Costa, por telefone, reagiu com ironia. "Se ele não é um drogado, é um psicopata", atacou. "Não é possível que uma pessoa aparentemente tão educada se torne tão agressiva e covarde chegando ao ponto de botar uma arma na minha cabeça como aconteceu há quatro anos", completou a funkeira.

Depoimento de quase 8 horas
No dia 4 de março, ele já havia comparecido à mesma delegacia para prestar um depoimento de 7 horas e meia. Ao deixar o local, Márcio respondeu às perguntas dos jornalistas apenas com "sim" ou "não". Ao ser perguntado se tinha medo de alguma ameaça, respondeu que sim. "Tenho, com a minha vida né?", limitou-se a dizer.
"Tudo o que ele disse até agora é absolutamente verdade. E ele confirmou isso. O depoimento da vítima, do Marcio, é completamente diferente dos autores do fato. Isso a polícia vai averiguar e dizer quem está falando a verdade", disse o advogado de Márcio Costa, Michel Assef Filho.
Em 28 de fevereiro, o delegado ouviu a funkeira e sua família e afirmou que ainda é prematuro apontar um culpado para o caso. Segundo ele, a polícia aguarda o boletim médico de Márcio Costa e um laudo do local para esclarecer chegar a uma conclusão. Verônica acusa Márcio de ter roubado computadores e câmeras de sua casa. Ele nega.

'Eles iam me matar'
Márcio Costa teve alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio, no dia 2 de março. "Não tinha dúvida que eles iam me matar", disse ele, na ocasião.
Verônica nega as acusações e acusa o marido de ter chegado em casa já machucado e ainda lhe ter roubado computadores e câmeras.
Márcio também negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por ela e parentes por mais de 20 horas. “Verônica sempre foi agressiva. Tinha altos e baixos. Eu mantinha o relacionamento porque a amava muito. O que eu sinto é medo e desgosto. Não tenho raiva, mas quero Justiça”, resumiu.
Márcio foi submetido a uma cirurgia, em 28 de fevereiro, para raspagem da pele morta devido às queimaduras que sofreu por todo o corpo.

Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo e-mails.
“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima", contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.
"Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes”, completou ele.


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