Roberto Magalhães pode pegar até 20 anos de prisão se condenado - Reprodução Jornal Nacional SÃO PAULO - O menino de 2 anos que tem agulhas pelo corpo passará por mais um procedimento para retirada de objetos metálicos que ainda estão no seu corpo, no Hospital Ana Neri, em Salvador, na Bahia, às 17h (horário local) desta segunda-feira. Na manhã desta segunda-feira ele fez exames de imagem. Cinco das dezenas de agulhas que teriam sido inseridas pelo padrasto do garoto ainda estão no organismo dele . Segundo o diretor médico do Hospital Ana Neri, Roque Aras, quatro das cinco agulhas devem ser removidas, num procedimento simples e de pequeno porte, feito ambulatorialmente.
- É uma pequena cirurgia, para a retirada das agulhas mais fáceis, que restaram embaixo da pele. Devemos retirar quatro agulhas: uma que está no tórax, uma no abdômen, uma na axila esquerda e uma na coxa esquerda - disse.
Segundo Aras, apesar de estas agulhas não estarem ameaçando órgãos vitais, equipe decidiu retirá-las para que a criança possa voltar para a sua cidade, Ibotirama, no interior da Bahia, com mais tranquilidade, pois no município a assistência à rede pública de saúde é mais difícil.
Os médicos optaram por não retirar uma agulha que está afixada no osso do púbis.
- Não há previsão de retirara esta agulha do púbis, devido ao local e à posição em que ele se encontra, afixada no osso - disse.
O procedimento para a retirada das agulhas deve durar apenas 30 minutos e será realizado no ambulatório, com anestesia local, com o garoto acordado. O menino passa bem e deve ter alta ainda esta semana. Ele já não está tomando antibióticos, nem soro fisiológico, respira e se alimenta normalmente, anda e brinca na enfermaria do hospital. O estado de saúde do garoto é estável.
Este vai ser o quarto procedimento para a retirada de agulhas do corpo do garoto. No dia 18 de dezembro de 2009, foram removidos quatro objetos metálicos, do coração e do pulmão; no dia 23 de dezembro foram 14 , da bexiga, do intestino e do fígado; e no dia 29 do mesmo mês foram quatro , da coluna cervical, da clavícula e da axila.
No dia 6 de janeiro, o Ministério Público da Bahia denunciou o padrasto do menino , Roberto Carlos Magalhães Lopes, que confessou ter inserido 31 agulhas no corpo do enteado. Ele responderá por tentativa de homicídio qualificado. "Bertinho", como é conhecido o padrasto, foi denunciado ao juízo da Vara Criminal do município de Ibotirama, a 648 km de Salvador, pela promotora de Justiça Mariana Tejo de Oliveira, que também denunciou Angelina Capistana dos Santos, amante de "Bertinho" que, segundo ele, ajudava-o a introduzir as agulhas no menino durante um ritual de magia negra. O padrasto afirmou que objetivo do ritual era matar o menino para se vingar da mãe da criança e manter um relacionamento amoroso com Angelina.
Os dois acusados podem ser condenados a até 20 anos de prisão.
A suposta mãe de santo Maria dos Anjos Nascimento, a Bia, que também chegou a ser acusada inicialmente pelo crime, acabou liberada da prisão por falta de provas. Ela não foi indiciada no inquérito.
- Além de o padrasto ter negado as acusações que fez no começo do processo (ao acusar a suposta mãe de santo), não encontramos nada que a incriminasse nas investigações que realizamos - disse o delegado Hélder Fernandes Santana, titular do distrito policial da cidade onde o caso foi registrado.
O delegado também negou que Bia fosse mãe de santo.
- Ela é apenas uma benzedeira, como muitas que existem pelo interior do país - disse.
- É uma pequena cirurgia, para a retirada das agulhas mais fáceis, que restaram embaixo da pele. Devemos retirar quatro agulhas: uma que está no tórax, uma no abdômen, uma na axila esquerda e uma na coxa esquerda - disse.
Segundo Aras, apesar de estas agulhas não estarem ameaçando órgãos vitais, equipe decidiu retirá-las para que a criança possa voltar para a sua cidade, Ibotirama, no interior da Bahia, com mais tranquilidade, pois no município a assistência à rede pública de saúde é mais difícil.
Os médicos optaram por não retirar uma agulha que está afixada no osso do púbis.
- Não há previsão de retirara esta agulha do púbis, devido ao local e à posição em que ele se encontra, afixada no osso - disse.
O procedimento para a retirada das agulhas deve durar apenas 30 minutos e será realizado no ambulatório, com anestesia local, com o garoto acordado. O menino passa bem e deve ter alta ainda esta semana. Ele já não está tomando antibióticos, nem soro fisiológico, respira e se alimenta normalmente, anda e brinca na enfermaria do hospital. O estado de saúde do garoto é estável.
Este vai ser o quarto procedimento para a retirada de agulhas do corpo do garoto. No dia 18 de dezembro de 2009, foram removidos quatro objetos metálicos, do coração e do pulmão; no dia 23 de dezembro foram 14 , da bexiga, do intestino e do fígado; e no dia 29 do mesmo mês foram quatro , da coluna cervical, da clavícula e da axila.
No dia 6 de janeiro, o Ministério Público da Bahia denunciou o padrasto do menino , Roberto Carlos Magalhães Lopes, que confessou ter inserido 31 agulhas no corpo do enteado. Ele responderá por tentativa de homicídio qualificado. "Bertinho", como é conhecido o padrasto, foi denunciado ao juízo da Vara Criminal do município de Ibotirama, a 648 km de Salvador, pela promotora de Justiça Mariana Tejo de Oliveira, que também denunciou Angelina Capistana dos Santos, amante de "Bertinho" que, segundo ele, ajudava-o a introduzir as agulhas no menino durante um ritual de magia negra. O padrasto afirmou que objetivo do ritual era matar o menino para se vingar da mãe da criança e manter um relacionamento amoroso com Angelina.
Os dois acusados podem ser condenados a até 20 anos de prisão.
A suposta mãe de santo Maria dos Anjos Nascimento, a Bia, que também chegou a ser acusada inicialmente pelo crime, acabou liberada da prisão por falta de provas. Ela não foi indiciada no inquérito.
- Além de o padrasto ter negado as acusações que fez no começo do processo (ao acusar a suposta mãe de santo), não encontramos nada que a incriminasse nas investigações que realizamos - disse o delegado Hélder Fernandes Santana, titular do distrito policial da cidade onde o caso foi registrado.
O delegado também negou que Bia fosse mãe de santo.
- Ela é apenas uma benzedeira, como muitas que existem pelo interior do país - disse.
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