segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Vendedoras de suco se prostituem em rodovia de São Paulo



Caminhoneiros pagavam R$ 20 por programa no acostamento.
Polícia Rodoviária Federal fez imagens dos flagrantes.


Imagens feitas pela Polícia Rodoviária Federal revelam um esquema de prostituição em uma das rodovias mais movimentadas no estado de São Paulo, a Marechal Rondon. A céu aberto e em plena luz do dia, vendedoras de suco de laranja faziam programas com caminhoneiros no acostamento por R$ 20. As imagens foram feitas há um mês pela polícia. A Marechal Rondon liga São Paulo a Mato Grosso do Sul e tem um tráfego de 15 mil veículos por dia. As carrocinhas de suco de laranja ficavam em três pontos, no trecho entre os municípios de Glicério e Penápolis, no oeste paulista.
A prostituição no local era tão escancarada que muitas famílias resolveram procurar a polícia. Durante um mês, a Polícia Rodoviária Estadual monitorou as vendedoras de suco, que ficavam de frente para a pista. Para não chamar a atenção, os policiais gravaram tudo de longe. Eles se esconderam atrás de uma árvore, no meio do canavial, que fica a uns 200 metros do local.
Nem a chuva atrapalhava os encontros sexuais. Em outro flagrante, o programa é interrompido por dois policiais, que chegam de surpresa.
“Já existe indício, no inquérito, de que a venda de suco era fachada para a prática do ato sexual”, afirmou o delegado Nelson Barbosa Filho.
De acordo com a investigação, o empresário Carlos Augusto Pereira Salia é o dono das carrocinhas e chefe das meninas. Ele vendia o suco na estrada havia oito anos, com permissão do Departamento de Estradas de Rodagem. A renovação da licença foi negada em 2008, mas o empresário conseguiu na Justiça autorização para continuar o negócio.
O comerciante não quis gravar entrevista. Ele negou envolvimento no esquema de prostituição.
O Fantástico falou com uma das garotas que trabalhavam na rodovia. A vendedora diz que o chefe obrigava as funcionárias a usar roupas provocantes para atrair os caminhoneiros e aumentar o faturamento. “Ele falava assim para nós: ‘vendendo o meu suco, vocês fazem o que vocês quiserem’”, relata uma das jovens.
Depois que o caso chegou ao Ministério Público, as mulheres não voltaram para a pista. O que sobrou no local são muitas tampinhas de garrafinha de suco, garrafinhas de plástico e a estrutura de bambu onde era colocada a lona.
O dono das carrocinhas pode ser condenado a até 14 anos de cadeia por explorar a prostituição. As garotas de programa e os clientes devem responder pelos atos obscenos em público.

Informações do Fantástico


G1

2 comentários:

  1. Ato obsceno em público! Me poupe! No meio do nada, só mato!
    O que chama mais a atenção é a necessidade financeira das garotas, elas não estavam buscando fama e sucesso, mas sim, o auto-sustento, isso sim é obsceno!
    Brasil, país dos miseráveis e deseperados.

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  2. Por isso que o Brasil é o país dos miseráveis.
    Gente como vc justificando esse tipo de ato.

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