sábado, 18 de dezembro de 2010

Massachusets proíbe mamadeiras e copos infantis com bisfenol A


Químico usado da fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e comida pode provocar câncer, diabetes, aborto e infertilidade

O Conselho de Saúde Pública de Massachusetts votou unanimemente ontem na proibição da venda e fabricação de mamadeiras e copos infantis que contenham o bisfenol A (BPA). O bisfenol A é utilizado em uma variedade de produtos, incluindo garrafas plásticas, copos infantis e como revestimento interno de latas de bebidas e alimentos. Crianças e adultos podem ingerir BPA quando bebem ou comem produtos em embalagens que contenham o químico. Estudos em animais de laboratório sugerem que o BPA pode prejudicar o desenvolvimento de crianças, se eles forem expostas a pequenas quantidades na fase inicial da vida. Outras pesquisas já associaram a ingestão de bisfenol a doenças como câncer, obesidade, diabetes infantil, problemas neurológicos e infertilidade.
No ano passado, o Departamento de Saúde Pública alertou pais de crianças jovens para não acondicionar leite líquido ou proveniente de mães em garrafas plásticas que contenham o químico e aconselhou mães que estão amamentando ou mulheres grávidas a evitar se alimentar com produtos que contenham o BPA.
A agência americana Food and Drug Administration afirmou que existe uma certa preocupação com o bisfenol A pode ser prejudicial para crianças e o governo federal investiu 30 milhões de dólares em um novo estudo para avaliar seus efeitos na saúde. Os primeiros resultados são esperados no ano de 2012.
A proibição no estado de Massachusets é voltada para mamadeiras e copos infantis para crianças de até três anos. Ela começa a valer para fabricantes em 01 de janeiro de 2010 e para revendedores, 01 de julho de 2010. Não existem fabricantes de produtos infantis no estado, mas o membro do conselho, Paul Lanzikos sugeriu que a data é um símbolo da seriedade do assunto. Para fazer valer a regulamentação, o estado irá conduzir visitas a lojas e testar mamadeiras e copos suspeitos de conter o BPA.
Ativistas ambientais tinham pressionado para que uma proibição mais abrangente fosse aprovada que incluiria embalagens fórmula para bebês e alimentos, assim como qualquer coisa que uma criança possa comer ou morder. Eles ficaram decepcionados com o resultado da votação.
Sete outros estados americanos já aprovaram alguma regulamentação para o químico.

Texto originalmente publicado no site Bostom.com
(16/12/2010)

Fabiana Dupont e Fernanda Medeiros


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