quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Número de nascimentos no Brasil cai 10% em 8 anos


Dados são provenientes de levantamento do Ministério da Saúde

O número de pessoas nascidas no Brasil registrou queda de 10% entre 2000 e 2008, segundo a pesquisa Saúde Brasil, divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira. De acordo com o levantamento, lançado anualmente pela Secretaria de Vigilância em Saúde, o número anual caiu de 3,2 milhões, em 2000, para 2,9 milhões, em 2008.
A queda foi verificada em todas as regiões do país, com exceção do Norte, onde houve um aumento de 8,2%. Segundo o ministério, o crescimento da natalidade naquela região pode ser justificado, na verdade, pela melhoria na cobertura do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.
A pesquisa mostrou ainda que a maior redução na natalidade foi registrada entre as mães jovens, com idades entre 15 e 19 e entre 20 e 24 anos. Houve redução de 93% de nascimentos nesse grupo.
Embora haja a redução, a maternidade ainda é uma ocorrência precoce na vida das brasileiras. Em 2007, 20% das mulheres com idades entre 15 e 19 anos foram mães pela primeira vez, e 29% tiveram o primeiro filho na faixa dos 20 aos 24 anos.

Cesariana – O número de gestantes que optam pelo parto com cesariana cresceu entre 2000 e 2007, passando de 38% de todos os nascimentos para 47%. O índice é três vezes superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo a pesquisa, a quantidade de cesáreas está diretamente relacionada à escolaridade das mães. Enquanto as regiões Sudeste (76%), Sul (75%) e Centro-Oeste (77%) concentram as operações, Norte e Nordeste ficam com 15% e 17%, respectivamente.
Para o levantamento, o alto índice de cesarianas pode ser a razão ainda do aumento do número de recém-nascidos com baixo peso. Os bebês que nascem com menos de 2,5 quilos apresentam fator de risco importante para a mortalidade infantil. De acordo com a pesquisa, as regiões Sul e Sudeste registram a maior proporção de nascidos com baixo peso, com 9,2% e 8,7%, respectivamente, em comparação com o Norte (7%) e o Nordeste (7,5%).

Natalia Cuminale


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